quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O Último de 2009.

2009 definitivamente foi um ano de altos e baixos. E até acredito que cada ano seja um tanto assim. Entretanto, dessa vez foram dois extremos, como uma montanha russa que desce lá no fundo para depois subir bem alto e no segundo seguinte estar embaixo novamente. Acho que essa é a melhor analogia do que esse ano foi, pelo menos, para mim. Eu perdi diversas coisas - materiais e sentimentais - e ganhei diversas outras também. Algumas foram realmente compensadas, outras não valeram tanto assim. O importante aqui é saber que o saldo foi positivo. Infelizmente só consegui ler em torno de uns 26 livros (em anexo), não atingindo minha meta dos 50, mas fico muito feliz em contar que a meta número 1 - passar no vestibular(de novo) - foi atingida com menção honrosa. A vida é uma questão de trocas e sacrifícios, e acho que nenhum terá tanto valor em minha vida quanto ao desse vestibular, em que diferente da maioria das pessoas, eu não estudei só para passar em um curso específico, eu estudei para superar minhas notas, meus problemas e meus medos. Esse ano, eu aprendi que a maior parte das pessoas teve ou terá alguma grande decepção na vida, e esse tipo de situação não serve só para fazer-nos derramar lágrimas e lágrimas, mas principalmente para aprendermos com os fatos e encararmos a vida o melhor que pudemos. Aprendi que há diversos tipos de amizade. Recebi duas visitas especiais de amigos que estão longe fisicamente, mas em coração permanecem comigo sempre que eu preciso. Aprendi que as pessoas podem te tratar de toda forma, mas o mais importante é a forma que você trata, a maneira como encara os acontecimentos, o seu ângulo de visão. Porque tudo é muito subjetivo. Conheci diversas pessoas interessantes, que só por elas, o ano já teria valido muito. E eu poderia até citar nomes, mas vai contra a política oficial do blog. Várias pessoas famosas que eu nunca poderia imaginar simplesmente morreram e diversos relacionamentos que eu não esperaria acabaram. Decepcionei-me um milhão de vezes com a mesma pessoa e resolvi deletá-la de vez da minha vida, o que foi extremamente mais positivo. Perdoei mesmo sem a pessoa se dar conta disso e espero que ela seja feliz. Dancei muito (uma boa safra de House, como diria o Henrique), bebi muito (em algumas festas), tropecei muito (como sempre) e quase bati o carro umas trezentas vezes (sóbria, para esclarecer). Fui à quase todas as festas possíveis, li todos os textos, consegui meu SS em INTECO, participei de dois projetos de extensão, joguei no JiUNBs (muito mal, por sinal), me apaixonei de novo pela UNB, perdi as eleições do CA mas ganhei vários amigos. Consegui avancar na escrita do meu livro e pretendo  publicá-lo. Briguei, chorei e ri bastante. Subi e desci na montanha russa da vida e do humor (e acredite, o meu varia bastante). Por fim, descobri um refúgio físico, e acima de tudo, descobri que o maior refúgio está dentro de nós mesmos. O importante é viver em paz com a própria consciência. Porque príncipios e caráter são coisas que não se pode comprar.

Se a palavra chave do Natal é o perdão, a palavra do Ano Novo só pode ser Esperança. Espero que 2010 seja um ano maravilhoso e repleto de realizações. Porque esperança não é verbo, mas se conjuga.
Feliz ano novo.

...

Anexo => Lista de livros lidos em 2009:

1 - "A Libélula no Âmbar" (série "Outlander") - Diana G. [finalizado]
2 - “O Rei do Inverno" (série "As Crônicas de Arthur") - Bernard Cornwell
3 - "Lua Nova" (série "Twilight") - Stephenie Meyer
4 - "Eclipse" (série "Twilight") - Stephenie Meyer
5 - "O Inimigo de Deus" (série "As Crônicas de Arthur") - Bernard Cornwell
6 - "Excalibur" (série "As Crônicas de Arthur") - Bernard Cornwell
7 - "Memórias Póstumas de Brás Cubas" - Machado de Assis
8 - "Morte dos Reis" (série "O Imperador") - Con Iguilden
9 - "A Hora da Estrela" - Clarisse Lispector
10 - "O Ateneu" - Raul Pompéia
11 - "Campo de Espadas" (série "O Imperador") - Con Iguilden
12 - "Le Petit Prince" - Antoine de Saint-Exupéry
13 - "Morto Até o Anoitecer" - Charlaine Harris
14 - "Comer, Rezar, Amar" - Elizabeth Gilbert
15 - "20 Mil Léguas Submarinas" - Júlio Verne
16 - "Tristão e Isolda" - Lenda Celta Medieval [autor desconhecido]
17 - "O Amor nos Tempos do Coléra" - Gabriel Garcia Marquez
18 - "O Pistoleiro" (série "A Torre Negra") - Stephen King
19 - "Vampiros em Dallas" - Charlaine Harris
20 - "A Menina que Roubava Livros" - Markus S.
21 - "O Anticristo" - F. Nietzche
22 - "O Despertar" (série "Diários do Vampiro") - L.S. Smith
23 - "A Mão e a Luva" - Machado de Assis
24 - "O Vendedor de Sonhos" - Augusto Cury
25 - "Memorial do Convento" - José Saramago
26 - "O Sobrinho do Mago" (série "As Crônicas de Nárnia")
27 - talvez acabe "O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa" antes do dia acabar :)

O que eu mais gostei foi "A Menina que Roubava Livros" e o que eu menos gostei foi "O Ateneu", chatíssimo. Para 2010, podem me dar livros de aniversário que eu ficarei muito feliz. Caramba, já vou fazer 21!!!!!!!

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O Espírito Natalino

É verão no hemisfério sul, mas faz frio. Chove com frequência aqui em Brasília em Dezembro e as luzes de natal ainda estão espalhada pelas ruas, enfeitando a esplanada.  O natal, há muito, perdeu todo aquele significado mágico para mim, embora ainda considere uma das datas mais especiais do ano. Não recebo mais as visitas do papai Noel e também não tenho mais aquela ceia desde que minha bisavó, a matriarca, contraiu Alzheimer. Às vezes, minha tia também organiza um jantar, mas lá em casa todo mundo come cedo e dorme cedo, sem nenhum aspecto tradicional. Na verdade, sempre quis e nunca tive uma ceia extremamente tradicional com amigo oculto e tudo, mas hoje em dia vejo que o mais importante - e tambores para o cliché - é passar com quem você ama e com saúde. O que eu penso em uma hora dessas é em quantas pessoas passam esse feriado trabalhando. Sozinhas, atendendo interfones na guarita, ou em uma loja de conveniência vinte e quatro horas, vendo os minutos passarem. Quantas pessoas passam nas ruas? Sem ter o que comer, sem ter com quem conversar. Quantas pessoas passam sem ter consciência do verdadeiro signifcado? Pensando nos presentes que tem que comprar e naquilo que quer ganhar. O natal, há muito, perdeu seu verdadeiro signicado para o capitalismo global. Lojas lotadas, shopping cheios, não se consegue nem andar. Enquanto Jerúsalem sofre com suas mortes e suas intrigas. Bom, para mim, o Natal, mesmo  enraizado em uma religião específica, está - ou pelo menos deveria - relacionado com um ideal mais universal: o perdão (ou a solidariedade, se você preferir.) Porque, para mim, os dez mandamentos podem se resumir a um só: Amor ao próximo. Quem ama, não mata. Quem ama, não cobiça a mulher ou homem do próximo. Quem ama, não rouba. E principalmente, quem ama, perdoa. E acho realmente que as pessoas não conseguem entender muito bem o que é o Amor e o Perdão. Porque o Amor é algo grande, sem fronteiras. E o Perdão é algo extremamente difícil de se lidar. E é, também, o preceito que eu tenho mais dificuldade de aceitar, pois sou bastante vingativa. Bom, dizer que perdoou alguém é muito fácil, mas na hora da prática é como uma daquelas provas de Física do Ensino Médio em que você acha que decorou bem a teoria, mas então aprece uns números e umas contas e você se vê perdido no meio daqueles cálculos e fórmular. E fácil dizer "tudo bem, está desculpado", mas não é tão simples evitar os olhares que inevitavelmente você lança a pessoa que te magoou ou as palavras de escárnio que invariavelmente você diz ou a difamação que você causa. É até mesmo é difícil distinguir se você perdoou, esqueceu ou ainda se sente mal, porque é algo tão subjetivo que algumas vezes você se diz "eu perdoei", mas não consegue evitar toda a raiva que lhe surge quando encontra com a pessoa e até mesmo suas atitudes perante o indivíduo não condizem com suas próprias afirmações de Perdão. O Natal é uma época para amar, logo para se perdoar. Embora devesse ser assim o ano inteiro. Então tudo o que posso desejar nesse fim de ano é que vocês amem e perdoem. Perdoem sinceramente e com todo o coração, aqueles que te fizeram mal, perdoem as atitudes ruins ou os gestos ou as palavras, perdoem e joguem a mágoa fora e talvez, o mais importante, perdoem a si mesmos, porque ninguém é perfeito.

Como diria o Gustavo, frase do dia:
"A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena" - Chaves
aheuoaihe

Feliz Natal, meus queridos :*
um abraço apertado em cada um de vocês!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Be strong, believe

Nunca deixe ninguém dizer o que você consegue ou não fazer. Porque ninguém, a não ser você mesmo, pode falar com tanta certeza sobre suas limitações. Não há espécie que consiga ser mais adptável às mudanças do que o ser humano e isso é uma das características que mais me impressionam na humanidade. Tem gente que pode zombar daquelas simulações da ONU que os alunos do Ensino Médio participam, dizendo que é coisa de nerd ou que é uma brincadeira de criança que nada vai mudar no mundo. Mas na maior parte das vezes, mais importante que mudar o mundo é mudar como você o vê. Um pouco antes de participar da SiNUS (Simulação das Nações Unidas para Secundaristas), eu vivia uma fase em que me preocupava muito mais com festas, amigos, que qualquer outra coisa. Não estava olhando muito para o próximo.  Quando eu entrei em uma delegação, meio que foi para substituir alguém que não ia poder mais participar e então acabei pegando o país que ninguém queria, Burkina Faso, na África. Um dos membros da delegação, colega de classe meu, chegou e disse que a SiNUS não era para mim, porque eu era uma "alienada política". Ele quis dizer que eu não tinha capacidade ou vontade suficiente para participar de uma simulação só porque na época minhas notas não estavam lá essas coisas, principalmente por falta de esforço. Foi a partir desse dia que eu mudei. Eu pesquisei o que podia sobre o país e percebi que existem inúmeros problemas maiores no mundo do que meu microcosmo mediocre e que nossas atitudes faziam sim a diferença por menores que fossem. Eu estudei, tive um desempenho razoável na simulação, e ainda de quebra no final do ano passei pelo PAS em Desenho Industrial na Universidade de Brasilia. Não só  simulação, mas outras expriências me fizeram ver que eu desenhava apenas por sentimento e não por encomenda e então eu resolvi mudar de curso. Voltei pro pré vestibular e foi um semestre horrível. Mas pelo menos passei de novo, só que dessa vez em Ciência Politica, que era o que eu realmente queria. Participei de dois projetos de extenção, um deles a SiNUS (para a qual eu ajudei a elaborar um artigo científico) e consegui manter minhas notas, inclusive meu SS em inteco que fez valer todos os meus Domingos lendo os textos, e ainda por cima fui à maior parte das festas. Quando eu entrei na academia, disseram que eu não ia aguentar um mês, mas hoje em dia além da musculação ainda faço jump e vou quase todos os dias. O Rennan costuma dizer que "não sabe como essa garota consegue ler todos os textos, ir a todas aulas, malhar tantas horas e aparecer em todas as festas". Mas eu não tenho segredos. Acho que tudo que você precisa fazer é acreditar em si mesmo, porque para uma alienada, eu até que me saí bem.

Notas, festas, academia, amigos... podem parecer coisas pequenas, mas eu passei por decepções terríveis e foi nessas coisinhas em que eu pude me apoiar.
e é claro, livros, músicas e filmes sempre, porque a Arte está em todo o lugar.

Para o ano que vem, só posso desejar que seja repleto dessas pequenas coisas, que fazem meus dias valerem cada segundo.


"Everything is gonna be alright



Be strong. Believe."

Yellowcard
Os violinos me acalmam =)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Política Na Escola

É um projeto de extensão que eu participo na Universidade. Nós vamos em escolas públicos e damos aula sobre política, participação, representação, voto e democracia. Conceitos de cidadania em geral para crianças de 3a e 4a série. Acho um projeto fantástico, apesar de algumas vezes haver falta de organização. São seis aulas ao todo em torno de quatro aulas. Em uma semana tem reunião, na outra aula e assim foi-se mais um semestre da minha vida. Dei a minha última aula do semestre hoje, fazendo uma pequena revisão das aulas passadas. Eles aprenderam alguns conceitos e com certeza vão esquecer muitos, mas acho que consegui formar pelo menos alguma "base". Na hora das despedidas, eu não pensei que fosse, mas senti aquele arrepio típíco de aeroporto. Talvez eu nunca mais veja essas crianças na vida, talvez eu nem sequer tenha feito a diferença ou eles nem se lembrem de mim no futuro. Mas eu tenho certeza que eu vou me lembrar de cada rosto, cada sorriso. E embora eu não tenha decorado todos os nomes, como certamente Napoleão faria, sentirei falta de cada um. São como peças de um quebra-cabeça. Eu dou risada comigo mesma quando eles me chamam de tia. Logo eu que, reza a lenda, tenho cara de mais nova. Eu pensei que eu construia muros de aço ao meu redor, mas descobri que não sou inatingível.

E em algum lugar, bem longe, talvez ainda haja esperança para mim.
Talvez exista uma chave.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Apenas mais uma sonata.

 Para se ler ao som de Moonlight (Beethoven)

Uma escada em espiral em que os degraus são teclas de piano. Pulando os bemóis, ela acabou de deixar um sustenido. Ela se esforça para chega até o final, mas o que é o final? Se tudo são voltas em um círculo cheio de ciclos intermináveis. Os dias parecem longos e a noite a devora, como uma fera oculta e faminta esperando que sua presa caia na armadilha. Na armadilha de viver, pois a existência é cheia de lacunas. Imensuráveis falhas do ser que corrompe até o mais ético indíviduo. Não saber o destino final. Uma caixinha de música quebrada, a infância perdida. Pobre bailarina que se perdeu nas labaredas do esquecimento, quando o seu único motivo era a obrigação de viver.  A estelas caem do céu de cores da aurora boreal. E tudo parece manchado de sangue em uma única sintonia. Ela sobe devagar, talvez um dia chegue enfim ao seu destino. Um passo de cada vez. Enquanto sobe vai perdendo artigos de toda uma vida. Relógios, colares, pulserias, tudo que remete a um passado já distante e obscurecido por uma nostalgia doente e um medo frenético de rever aquilo que não mais existe. Aqueles que deixara não eram mais do que imagens em fotografias há muito negligenciada em uma caixa de sapatos. Ela fez o que tinha que ser feito, apenas cumpriu com seu dever. Desde o começo, ela sabia que teria que abandonás-lo, quando muitos já haviam a deixado sem desculpas ou beijos de despedidas, e nem sequer lágrimas de comoção ou miserecórdia pelos que não possuem o dom de ser amados. As pernas dela estão cansadas e ela sente dor nas costass. "Vai passar", ela diz para si mesma. "Falta pouco". Porque a sensibilidade material é algo efêmero que se dissolve no ar como pó soprado devegar e sultimente, desfazendo-se como mentiras ao vento. Ela olha para cima,  realmente valeu tudo aquilo? O que a espera é afinal, as respostas de toda uma centena de anos vividos? Esperando-se por diagnosticos, respostas e principalmente salvação. Salvação, ela gostava de revistas em quadrinhos. Mas era tudo tão diferente e a subida mais árdua do que aparentava. No início, o caminho parecia longe e largo, mas à medida em que os ponteiros se deslocaram, a escada foi se afinando e tudo passou tão rápido que em um piscar de olhos ela havia conhecido o Fim. E no topo, o começo e o fim do abismo. Ela inclina a cabeça para o nada: o precipício. Era apenas mais uma sonata, entre tantas outras que existem.

O precipício é o fim da vida, e o começo da jornada.



sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Uma cidade sitiada

Sabia que isso ia acabar acontecendo. Depois de rondar pesadelos como fantasmas que não querem desaparecer. Vivendo à margem das experiências dos outros. Apenas observando. Teclas de piano, somente a melodia. Uma cidade coberta por muralhas. Tão altas que ninguém consegue ver o que acontece dentro. Os muros são altos e bonitos, refletem uma cultura antiga, com traços neoclássicos, bem ornados e enfeitados, com vislumbres elitistas. Tudo parece pacífico. Quem passa pelo lado de fora, afirma com toda certeza que aquela é uma cidade rica e desprovida de infortúnios. Entretanto, além dos muros e da sacada, explode uma guerra. Dois partidos, duas ideologias completamente distintas. Há fome, guerra e morte. Cavalos do apocalipse. Ninguém sabe em quê acreditar e quem sabe tem que se esconder. Antes, a cidade era cheia de jardins e borboletas, mas agora transformara-se em um mar de escombros. Nas ruínas de uma antiga igreja, uma menina se esconde. Abraçada em um livro, ela se camufla por trás de sua suposta fé, suas crenças e suas palavras. Não há arma mais letal do que as palavras. Uma cidade pode ser reconstruída, mas uma palavra uma vez perdida nunca mais volta e às vezes o perdão não é concedido, ou cabível. Ela chora e pede que, por favor, a guerra acabe. Mas o barulho de tiros não acaba nunca.  Tudo que ela quer é sair e encontrar sua família e seus amigos. Como quando todos andavam de mãos dadas e brincavam perto da ponte, onde podia-se ver o riacho com seus peixinhos coloridos. Aquela época era outra. Desde que o ditador fora expulso por um golpe de Estado, a cidade transformara-se em um caos. Não havia para onde correr e os portões estavam fechados há muitos anos. Tudo o que restara era esperar. Por alguém que surgisse em um cavalo alado para guiar as mentes famintas. Fome de liberdade. Ela largara sua família nas ruínas da memória e arrependera-se. Achava que seria mais fácil esconder a doença, condenar todo aquele Amor ao esquecimento. Ainda assim, algo pulsava em suas veias, como um tic tac de relógio, ao lembrar "eles ainda estão lá, sofrendo". E aquilo doía em seus tímpanos mais do que o estouro de uma bomba. Um dia, ela precisaria voltar e encarar de frente os seus mortos. Porque todos ali, carregavam pelo menos milhões, milhões de cadáveres em suas costas, amarrados pela corda da culpa ou da omissão, renegados pelo arrependimento e miseravelmente condenados através do silêncio daqueles que realmente podiam ter feito algo e mudado os acontecimentos.


Quando foi que eu construí todos esses muros entre mim e as outras pessoas? Quando foi que eu virei essa cidade cheia de muros? Quando foi que eu passei a me esconder por trás das festas e da superficialidade? Quando foi que eu me tranquei nessa cidade e joguei a chave dos portões onde ninguém mais pudesse achar? Quando foi que eu comecei a distribuir sorrisos mentirosos, que mais parecem muralhas enfeitadas que escondem o verdadeiro interior?
Nem eu mesma sei as respostas.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

30 dias no Canadá!

Tudo começou com uma decepção amorosa. Daquelas que parte seu coração e você tem certeza de que nunca mais irá amar de novo. Meus pais faziam de tudo para melhorar meu ânimo, mas é verdade é que eu estava virando um fantasma. Sem brilho nos olhos, comia pouco, passava o dia na cama, não conseguia dormir, e sim, tomava remédios controlados. Até que meu pai surgiu na porta do quarto e disse "quer fazer uma viagem?". É, mais para onde? E eu me arraguei a essa oportunidade como uma forma de continuar minha vida. As coisas definitivamente melhoraram com o resultado do vestibular e depois mais ainda, mas a idéia da viagem não saiu do meu pensamento. Quero muito conhecer o mundo e de fato, acho que eu não conheço nada. Quero ir ao Japão, conhecer o Cabo das Tormentas na África do Sul, tomar café em frente à torre Eiffel , visitar inúmeros museus, ler no Central Park, tirar foto do Big Ben, olhar o mar nas falácias da Escócia, brincar na neve... e inúmeras experiências que eu ainda tenho que ter. Liberdade é poder. Mas vamos com calma. Antes de mais nada, eu preciso melhorar meu Francês e meu Inglês. E também fazer de tudo para alcançar o maior objetivo da minha vida: tudo se resume ao Rio Branco. Não a cidade, eu nem sequer conheço o Acre. Rio Branco é o concurso para diplomacia brasileira. 2 línguas. Em torno de dez mil iniciais. 100 vagas. E nem é o salário minha maior motivação. Tudo o que eu quero da vida é passar nesse concurso público. E então fazer minhas inúmeras viagens. É claro que eu gostaria de casar, ter família, se possível... Mas só de pensar nas inúmeras culturas as quais eu vou participar, conhecer, integrar e analisar! Caramba! O Brasil já não é suficiente, mesmo com sua inúmera diversidade.

Essas férias vou passar no Canadá e meu visto foi concedido hoje.
É só o começo.

ah, é claro, que eu preciso de um diário de bordo
www.30daysinvancouver.blogspot.com


The world outside
It's changing me, changing me
To whom I'm afraid of
I can't confide in anything
The crowd will not rest tonight, the crowd will not rest tonight


(The world outside - Eyes Set To Kill)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Um pouco mais de paciência

Eu disse que amava a chuva, mas esqueci de citar a única exceção: quando eu estou dirigindo. Não sou uma mestra no volante - e o Gustavo sabe bem disso - mas tento seguir as regras direitinho. Entretanto, é claro que às vezes eu erro. Hoje fui almoçar com minhas best friends. Deixei-as no cursinho e seguia para a unb. Quando estava passando pelo balão, um carro entrava em minha frente. Passei por ele, fazendo-o freiar bruscamente, o que deixou o motorista furioso. Tudo bem, eu devia ter deixado ele passar, mas isso iria congestionar o trânsito no balão - odeio balões. Entendo ele ficar com raiva, mas alem de ter buzinado mil vezes, o que pra mim já foi o bastante para demonstrar a raiva dele com minhas aptidões automobilisticas, o cara passou, encostou do meu lado e começou a gritar enquanto buzinava. Não entendi uma palavra e tudo que pude dizer foi um "desculpa" singelo que ele nem escutou porque saiu em disparada quando eu comecei a falar. Isso me deixou tão nervosa que eu quase chorei. Bata em mim, mas por favor não grite comigo. E então eu fico pensando, custa ter um pouco mais de paciência? Com as pessoas que não dirigem tão bem, com as pessoas diferentes, com as pessoas estranhas, com as pessoas que não sabem fazer algo, com as pessoas em geral. Eu tentei me desculpar, mas ele não me deu sequer uma chance. Eu sei que perdoar algo é muito difícil na prática, mas um pouquinho de colaboração ajuda. Os carros não se chocaram, nem houve um arranhão. E também não acho que gritar faça muita diferença. Espernear, desejar o mal ao outro, mandar "se ferrar" pode até ajudar a aliviar a tensão, mas não vai fazer voltar ao passado e consertar os erros, que aliás são muito úteis. Errar é necessário para que aprender seja possível. É mais fácil e mais doloroso aprender com nossos erros que os dos outros, mas ninguém é perfeito. Tudo que eu peço é um pouco mais de paciência para não se arrepender depois. Porque alguém disse uma vez que a palavra dita é igual a pedra lançada e a oportunidade perdida. A diferença é que a pedra as vezes não atinge ninguém, mas as palavras, meus amigos, às vezes doem mais do que socos na cara.

O resto do dia ocorreu sem problemas, apesar de eu ter me perdido no setor de embaixadas e chegado atrasada para a aula de Direito. Consegui vender todos os meus ingressos do Vaca Louca, sim, mais um daqueles churrascos e choveu bastante. Aliás, tomei um baita banho de chuva na universidade.

Fiquei decepcionada por ninguém ter acertado o título do livro, está literalmente na frente de seus olhos. O Leskito deve saber, pois eu devo ter contato.

Abraços sinceros.
N.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A menina que roubava VIDAS.

Sempre gostei de ler muito. Embora ainda ache que não li o suficiente e que existem muitos livros que quero ler, acho que conheço uma quantidade razoável de clássicos. Machado de Assis, José de Alencar, Shakespeare, Raul Pompéia e até aqueles romances históricos que estão tanto na moda. Entretanto, nenhum livro havia me cativado e eu até reclamava que não existia um que fosse "a minha cara". Gostava de muitos, mas não amava nenhum. Até que li um que me fez chorar. Eu nunca havia chorado em livros - nem quando Sirius Black morreu (comentário nerd e spoiler). "A menina que roubava livros". Não sei se é porque eu me identifiquei com Liesel ou se foi porque eu me apaixonei por Rudy Steiner, como era de se esperar(ele faria exatamente o meu tipo se tivesse dezenove/vinte anos). Acho mesmo que é porque eu sempre fui solitária e as palavras eram meu conforto. Sempre que eu tinha algum problema corria para o papel. Ele sempre foi meu único e verdadeiro amigo. Tenho inúmeros cadernos de desenhos, todos feitos com uma pitada de realismo fantástico, as situações que eu projetava no meu subconsciente. Uma vez um amigo disse-me que eu possuía uma mente introspectiva. E muitas pessoas discordariam, pois costumo usar máscaras de sorrisos no cotidiano. Mas, como uma foto que rouba lembranças, eu pego as memórias da outras pessoas e transformo em crônicas, contos, poemas e livros! Cada um tem uma história especial, que eu furto para mim mesma em meus momentos "trancada no porão" e confidencio ao meu amigo papel.

Agora eu posso dizer que um livro "a minha cara" é A menina que roubava livros. A diferença é que pego as vidas emprestadas e depois jogo no ar para alguém pegar de volta.

"Com absoluta sinceridade, tento ser otimista a respeito de todo esse assunto, embora a maioria das pessoas sinta-se impedida e acreditar em mim, sejam quais forem meus protestos. Por favor, confie em mim. Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo"

(The book thief - Markus Zusak)

Na verdade, o livro que mais me identifico é o que estou escrevendo e ainda não publiquei. Adivinha o nome.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

November Rain



Uma região, duas estações. Uma seca e uma chuvosa. Centro-Oeste brasileiro. Geralmente, o mês de Outubro traz as primeiras chuvas da nova estação. O céu de Brasília é um dos mais bonitos que eu já vi. O cheiro da terra molhada que trazem lembranças de um semestre inteiro do ano de dois mil e seis. Foi o melhor ano de todos. Os pingos na janela, cada um como caleidoscópio de cores furtivas ao brilho de um sol fraco, que desaparece nas nuvens. Sempre preferi o frio, as noites chuvosas, o barulho das gotas no asfalto. Chuva me lembra melancolia e simultaneamente libertação. Quando o corpo se enxarca e se junta aos pingos que caem do céu como se a verdade desabasse na mente de quem a procura. E então, o escuro. Os olhos fechados, o frio cortante e a sensação de quebrar alguma regra. Pois, apesar das advertências da sua mãe sobre pneumonias, você está lá, só você e o céu de Brasília. Só você e a água caindo. Só você e a sua presença. Parece-me que todos os seus pecados, todos os erros, são levados pela água e vão esparramar-se no asfalto. A despedida. Qualquer um pode argumentar milhões de vezes, mas nesses dias não há nada que me deixe mais feliz do que uma combinação não-matemática de um livro, um cobertor, uma caneca cheia de chocolate quente e um excelente livro. E talvez, uma música triste. E chuva me lembra tristeza. Como se fosse um choro, uma espécie de pranto escondido em um sorriso. "Um alegre deprê". Mas a primeira chuva de dois mil seis foi em um dos dias mais felizes de toda a minha vida. Como no ciclo da água, ele seguiu seu curso. E nenhuma outra pancada vai representar algo parecido. As chuvas de dois mil e seis estavam presentes nos momentos mais felizes e tristes da minha vida. Como uma amiga. Uma melhor amiga.

Eu gosto de dias chuvosos.

"Do you need some time...on your own
Do you need some time...all alone
Everybody needs some time...on their own
Don't you know you need some time...all alone"



sábado, 24 de outubro de 2009

Fuck beauty contests

Uma vez estava eu no Pier quando encontrei um amigo meu da época do CMB... Começamos a conversar sobre términos e namoros... No começo estava tudo bem, mas então ele começou a falar das características da ex namorada dele: "ela era linda, muito bonita mesmo, pele clara, cabelo escuro e um..." e então, ele disse que a característica obrigatória de sua futura esposa é a beleza. E continuou falando sobre físicos e coisas fúteis. Eu so consegui rir na hora, mas a situação na verdade é bem triste. Porque quanto penso em casar com alguém, em 1o lugar quero que ele tenha caráter e seja muito - mais MUITO - inteligente. Sem contar que o Amor não tem nada a ver com nada, surge do vazio e de repende quando você menos espera. E então não importa se é feio, inteligente ou atleta. Há quem discorde, é claro. Mas então, eu vou a esses churrascos da UnB - sim, esses mega eventos com muito alcool e sem comida! - e vejo a quantidade de gente vazia. Pessoas que vão só para "pegar" alguém que nem vai se lembrar no dia seguinte. E para quê tudo isso? Ego? Tentativa de preencher o vazio existencial? Todos nós temos um. E sempre aquelas mesmas conversas:
_ que curso você faz?
_ ciência política
_UnB ou ceub? (nem existe esse curso no CEUB, cara!)
_ unb
_ legal, faço ...
e pronto.
Certos caras definitivamente precisam de manuais de "como chegar em garotas". E não estou querendo ser hipócrita, não sou nenhuma santa e muitas vezes admito que eu não presto! Mas não sou muito de valorizar o exterior. Algumas vezes até que sim . Mas o que é aparência, afinal? Por que essa obsessão? Como suportar viver com alguém que é lindo, mas não sabe conversar? São conceitos tão relativos.

Vejo através da alma das pessoas.

Porque a vida é um grande concurso de beleza, cada um tentando aparecer mais que o outro. Quando a verdadeira beleza está no coração.

Faço das minhas palavras, as do Dwayne.

É como eu digo sempre: "hoje em dia é mais fácil encontrar gente com dinheiro do que com caráter"

PS: A resposta do post anterior é Duas Caras

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Duas de mim

Em um dos volumes das crônicas de Artur(Bernard Cornwell), Guinevere descreve seu esposo para Derfel, o fiel escudeiro, como alguém que é guiado por uma carroça de dois cavalos. Ela diz que um deles represente sua enorme bondade e outro sua grande ambição. Esse é um dos meus trechos favoritos de todos os três livros da série, porque eu me identifico bastante com ele. O rei Artur sempre foi um dos meus personagens favoritos, embora eu não soubesse tanto a respeito(a traição de Guinevere foi um dos fatos que mais me chocaram) antes de ler a saga. E a descrição que ela fez cabe a bastante a minha própria pessoa. E eu me identifico muito com Guinevere também, menos na parte do adultério. E então vem o porque: acho que existe duas, se não muitas, de mim. E digo isso porque me conheço a nada mais nada menos que vinte anos! Mas será que me conheço mesmo? Às vezes sinto que quero abraçar o mundo, ajudar as pessoas, chegar até cada coração abandonado e dizer "I've been there", ou "você vai superar" e então dar a mão a quem precisa mesmo. Mas, outras vezes, como para se compensar (como se bondade fosse algo errado, uma espécie de violação de comportamente), tenho impulsos malignos de mandar todos para aquele lugar e de fazer maldades. E como eu sou egoísta nessas horas! Ambição, ambição, ambição. Não por dinheiro, que não me faz falta em noventa por cento das horas. Mas sempre o poder! Sabe, aquelas artimanhas de influenciar pessoas e fazer "amigos"? Sempre gostei disso. Uma pessoa a mais, ponto para mim no placar. E então, eu esqueço que elas não são brinquedinhos. Como quando eu quero que alguém arraste a carteira na sala de aula para mim e faço aquela carinha. Como personalidades tão diferentes podem conviver, eu não sei. Só sei que elas existem. E surgem como impulsos, que algumas vezes não consigo controlar.

Adivinha só meu personagem preferido do Batman, depois do Coringa e da Mulher-Gato, é claro.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Anomia

O que acontece quando tudo em que você acredita e pensou ser a verdade a vida inteira desaparece como se o vento soprasse forte cortando a sua face? E de repente, aquele castelo construído sobre alicerces fortes, desmorona em frente aos seus olhos como se as verdades que o tivessem construído fossem fracas como areia. E o que acontece com os princípios? Sim, aqueles enraizados pela cultura, pelo meio e pelos grupos sociais. Aqueles que são fatores externos ao indivíduos e dessa maneira, possuem tanta força de coerção. E quando essa força desaparece? E quando tudo aquilo que pareceu verdadeiro em seus vinte anos, se transformaram em uma ilusão de um ano de vida? Quando uma atitude prova que todo os seus sonhos foram baseados em falsos pensamentos, em verdades imaculadas e abstratas. Você procura e no final não vê nada além de atitudes diversas e caminhos opostos. E às vezes parece que essa verdade tão procurada não existe em nenhum lugar do mundo. Você que sair, conhecer, andar, conversar e se libertar. Quer visitar diversos lugares, aprender várias culturas e se inserir em outros meios de vida. O indivíduo é um produto do meio versus essência. Mas no final, não resta nada além de pó.

Um pó tão fino, que é levado por uma pequena brisa.




Se não existem verdades universais, como podem haver direitos fundamentais e inerentes?

domingo, 11 de outubro de 2009

Metodologia organizacional para relacionamentos

Talvez fosse muito mais simples se todo o relacionamento viesse com nota fiscal e data de validade. Assim então, os indivíduos estariam mentalmente preparados para um possível rompimento ou decepção. Seria bom que cada um viesse com uma pequena garantia, dois meses, três meses, os primeiros seis meses que parecem um mar de rosas. Seria plausível que no manual de instruções viessem especificados em letras grandes e não apenas em rodapés, todos os defeitos da mercadoria. E então, cada um pudesse escolher sem dor o mais adequado ao seu consumo próprio.

E então, o adultério seria apenas mais uma quebra de contrato e talvez quem sabe assim as pessoas levassem realmente a sério.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A vida é efêmera

Como se estivesse em um sonho, uma moça diante de um penhasco. E basta apenas um empurrão para a verdade aparecer como quem diz "Olá, eu sou você!". E de repente, ela se afoga em seu próprio mar de solidão, não conseguindo respirar, emergindo em mágoas passadas que não conseguiu perdoar. Construiu uma ilha de ilusões. Feliz com a mentira que criou, achando que a felicidade está em olhar o mar e admirar o pôr-do-sol. Mas nem os objetos às vezes parecem tão tangíveis. E a vida passa como se fosse um filme de comédia, terror, drama, violência e romance. E de repente ela acaba como se o videocassete não estivesse mais funcionando. E ninguém volta para contar história.


Já dizia um amigo meu que somos todos produtos de um sonho de alguém que está em coma.
e esse alguém pode ser qualquer um, inclusive você.


"Wake up, now it's over, just tell me it's ok to die" * ["Life On Standby" - Hawthorne Heights]

domingo, 4 de outubro de 2009

Sobre o Amor e outras coisas

Certa vez, o Pedro me disse que iria me amar para sempre. No momento, eu fiquei indignidada e questionei. Então ele me disse que nem sempre seria como namorada, mas talvez como amiga e irmã. Naquele dia, eu fiquei decepcionada. Porque eu queria estar com ele. Só hoje eu consegui o que ele quis dizer com aquelas palavras. Porque hoje eui posso dizer que o amo, não como namorado, mas como um amigo ou até mesmo um irmão. O Pedro foi uma das pessoas mais importantes, e que mais valeu a pena eu ter conhecido. E eu faço questão de ter guardada em minha memória, toda fração de segundo que eu passei com ele. Exatamente hoje, dia quatro de Outubro, faz três anos. Dois que eu não o vejo. E ano passado, quando eu estava namorando outra pessoa, eu ainda chorava de saudade. E isso remete a uma das questões mais antigas da humanidade: o que vem a ser o Amor? Essa coisa não-coisa, intangível, não palpável, invisível, que move o universo. Há quem diga que não é algo definível, mas esse tipo de pessoa diz isso para justificar suas mentiras e seus fracassos. E o conceito pode variar de ser para ser, de acordo com a própria percepção do mundo, mas eu digo que é algo defínivel sim, embora extremamente pessoal. Para mim, está relacionado com superação. E não é que haja alguém perfeito no mundo, mas quando você ama até os defeitos viram qualidades. A palavra superação é a que mais me vem à mente quando eu penso em Amor, pois esse sentimento se mostra tão forta que atinge o incondicional. Um exemplo bem didático a respeito é o Amor de mãe. Uma mãe não deixa de amar o filho, não importa os defeitos e até mesmo as violações de caráter. É como uma corrida de obstáculos, em que as barreiras vão aumentando e você vai pulando com um sorriso no rosto. Infelizmente, eu não tive que superar muitas coisas pelo Pedro, porque ele facilitava tudo para mim. Infelizmente também, ele não conseguiu pular o último obstáculo: morar longe. E eu lembro como se fosse ontem que eu disse: "eu não sou o amor da sua vida, porque pelo o amor da sua vida você vai conseguir namorar à distância". Dito e feito. Hoje em dia, ele está na Espcex, namorando à distância há um ano e bastante feliz. E meus amigos diziam que ele não ia ser nada na vida e brincavam comigo por ele ser dois anos mais novo. O Pedro não foi apenas meu primeiro e melhor namorado, foi uma lição de vida. Dificilmente, alguém um dia ocupará lugar semelhante em meu coração.
Mas de volta aos variados conceitos da palavra AMOR, uma vez um amigo me falou em um bar (reflexões de bar são as melhores) que o amor seria o "ato de querer que o outro seja feliz". Eu acho que não é só isso, mas também faz parte. Eu rezo pelo Pedro todos os dias e quero muito que ele seja feliz. E eu também acho que o Amor de verdade não está atreladado a certas características. Por exemplo, tem gente que pensa que basta ser bonito, inteligente, simpática e "tcharam" você automaticamente se torna amado por quem quer seja. Sim, facilita ter características positivas, mas novamente não basta. E vocês podem chamar de química o que eu costumo apelidar de "ligação", mas existe aquela mágica a mais, o "tcharam! eu o amo" independente das características pessoais. O Amor à primeira vista. Porque na primeira vez que eu vi o Pedro eu falei "eu tenho certeza que eu vou amar esse garoto". Entre encontros e desencontros, minha mãe pode falar quantas vezes quiser que aquela pontada no coração é fruto da paixão. E certos indivíduos também podem dizer o que quiser que a paixão e o Amor podem coincidir. Porém eu volto a afirmar: sim, podem coexistirem, mas não são a mesma coisa. A paixão é enlouquecera, ela te reduz a pedaços e quebra seu coração e a sua rotina. O Amor é calmo, não é egoísta (e faço das minhas as palavras da bíblia), e principalmente não se acaba. E a frase não é "ETERNO enquanto dure"(frase de pagode), mesmo proque seria um paradoxo de cretinos. A frase certa é "INFINITO" e infinito não significa "forever" por favor! Infinito pressupõe que não se esgota e não que dura para sempre. São coisas distintas. Tudo isso porque existem pessoas que abusam dessa frase para justificar o término de um relacionamento. O relacionamento pode até acabar ou mudar, mas o Amor permanece. Porque já dizia o Danillo que Amor de verdade não acaba, transforma-se. E eu acredito. Pena que alguns se transformam em raiva, porque parece que existem pessoas que OU não possuem coração OU tem sérios problemas mentais.
Felizmente, acho que esse não é o meu caso.

Por fim, vou dar um conselho às garotas: aquela máxima de que bom partido é aquele trata bem a família é MUITO verdadeira!. Prestem atenção principalmente na forma como o cara trata a mãe deles, isso pode dizer muita coisa.


Hoje eu posso dizer que eu amo o Pedro. E não como namorado.
E também posso dizer que amo minha família e alguns amigos queridos.
E também que tenho a capacidade de abraçar o mundo, basta não mentir para mim.

"It's hard to find angels in hell" ("City Of Devils" - Yellowcard)
But it's not impossible.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Um pouco de futilidade saudável

Toda vez que eu vou ao salão, duas coisas me irritam:

1ª - a manicure sempre pergunta "que cor?" e eu respondo "ah um vermelho" ou então "um rosinha claro", e então ela me olha com aquela cara de "o nome do esmalte, querida!" e eu fico minutos olhando a cara dela... Por acaso, eu tenho que ficar decorando nome de esmalte? Poupe-me né! Sem contar que cada um tem um nomezinho que dá dó... Tipo "petala", "cigana", "princesa" e por aí vai hahaha

2ª - quando estou fazendo uma escova, sempre perguntam "é pra ser lisa?" WTF? O objetivo da escova não é exatamente esse por si só? E sempre vem aquele constrangimento quando a mulher pega o espelhinho para mostrar como ficou a parte de trás e então fica esperando você dizer algo - e geralmente eu não digo nada.

Eu gosto do resultado, mas odeio o processo.
E como uma típica frequentadora de salões que sou, sempre levo meu Maquiavel ou Rousseau, e é claro meu Ipod.

Desculpem pelo post, mas há anos eu precisava me expressar a respeito.

sábado, 26 de setembro de 2009

20 milhões.

Esse foi o número de russos que morreram durante a Segunda Guerra Mundial. E o mundo inteiro se sensibilizou com o Holocausto - e não sem razão, pois a crueldade dos campos de concentração é impressionante. Já dizia Stálin que "uma morte é uma tragédia, duas mortes são estatísticas". E isso remete a um desafia que ultrapassa cálculos matemáticos. Quando foi que o ser humano perdeu sua humanidade? Lynn Hunt defende em uma de suas obras que os Direitos Humanos se configuram não apenas no aspecto social, mas principalmente no aspecto pessoal. Ela defende que o que caracteriza os Direitos Humanos é uma espécie de repúdio que o ser humano sente ao constatar uma determinada violação. Por exemplo, todos se lembram do caso do menino João Hélio, que foi arrastado por quilômetros pendurado em um cinto de segurança de um carro. Esse acontecimento causou asco em toda a população brasileira e motivou inúmeras passeatas pela paz. Entretanto, policiais morrem o ano inteiro. Inúmeras pessoas são vítimas da violência urbana. Durkheim define aquilo como "patológico" o fato social que causa assombro no ser humano. Porque meros assaltos acontecem com tanto freqüência que já não causam mais impacto nos noticiários. E uma boa pergunta que cada um deveria se fazer é "quando foi que o mundo perdeu essa sensibilidade?" É evidente que depois das duas grandes guerras que devastaram o continente europeu, essa sensibilidade foi reduzida. Muitas mortes viraram dados de Estatística. O grande problema é que o sofrimento - das famílias dos mortos, por exemplos. - não podem ser contabilizados.

20 milhões de russos morreram durante a Segunda Guerra Mundial.
Mas eu me pergunto: você realmente conhece o valor da vida de UM deles?

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Friendship never ends!




Sábado eu ajudei a organizar uma festa. No começo, parecia que tudo ia dar errado, mas de repente as coisas começaram a funcionar. No entanto, o que mais me deixou feliz e impressionou-me não foi o número de pessoas que vieram dar os "parabéns" e pedir a segunda edição, mas a união e a cooperação de amigos que eu não falava há anos. O fato é que a festa foi organizado por um grupo de amigos com quem eu andava na sétima série do Colégio Militar de Brasília e que havia se separado por mais ou menos uns dois anos. Voltamos a sair juntos nas férias. Isso me fez perceber o quanto amizades duradouras são importantes. Quer dizer, você pode conhecer infinitas pessoas interessantes e fazer vários amigos novos, mas quando o mundo parece que vai desabar e você olha para o canto sem saber o que fazer, quem é que está lá sorrindo para você? Seus amigos da sétima série!
E eu acho que eles compartilham dessa mesma opinião. Porque quando eu vi essa cena do bar, foi como voltar uns cinco anos atrás, quando nós éramos crianças e a vida parecia estar começando.

Particularmente, estou muito feliz com as pessoas do meu curso. Entretanto, é como o Gabriel disse uma vez no pôr-do-sol(bar) "são muitas histórias".
E histórias inesquecíveis.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O Menestrel

"Depois de algum tempo você aprende a diferença,
a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se.
E que companhia nem sempre significa segurança.
Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante,
com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje,
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos,
e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe,
algumas pessoas simplesmente não se importam…
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa,
ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida,
mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa,
ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa…
por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas;
pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós,
mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros,
mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser,
e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo…
mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão…
e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade,
pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação,
sempre existem, pelo menos, dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer,
enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai
é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve
e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…
Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva,
mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame
não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode,
pois existem pessoas que nos amam,
mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…
Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga,
você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido,
o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma,
em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar…
que realmente é forte [...]"


Porque Shakespeare era um bêbado charlatão, mas sabia usar as palavras. Achei no profile do Leskito e pensei "é exatamente isso."
Aos fofoqueiros de plantão, por favor parem de ficar comentando sobre certas coisas por ai, isso é um blog PESSOAL.
Setember foi demais.
A semana foi esquisita.
Meus dois refúgios foram violados.

O coração é o maior refúgio que alguém pode ter. Diz na biblia que o corpo é o Templo do Espírito Santo. Por isso, pior que abrir as portas de sua casa para alguém, é abrir seu coração. Eu acreditei na bondade até quase o fim. Porque por trás de toda a maldade, eu ainda acredito que existe um vestígio, um pequeno vestigio da pessoa que eu conheci.

E o assunto foi encerrado.
Beijos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Na corda bamba


Um dos segredos da busca pela felicidade, se é que existem mesmo esses segredos, definivamente é o equilíbrio. Em teoria, parece bastante simples, mas na verdade atingir esse grau é tremendamente difícil. Isso porque a linha que separa os limites é bastante tênue. Existe realmente algo que separe o "bem" do "mal"? Uma espécie de fronteira ou arame farpado? E as pessoas gostam tanto de criar estereótipos e separar, como se os seres humanos fossem feijão! Por exemplo, grande parte do sucesso do Big Brother está no fato de que os telespectadores escolhem um lado para torcer. Mas em reality show não existem heróis de verdade. Isso faz mais parte de uma idealização por parte das pessoas. Porque o "bem" é necessário, o "herói" é importante. Essas definições abstratas induzem a uma grande alienação. Não existem seres perfeitos, ou perfeitamente imperfeitos. Há apenas humanos, errando e aprendendo com seus erros.

Certas atitudes podem parecer erradas e outras vezes extremamente certas, dependendo do momento. A linha que separa o "certo" do "errado" é tão fina que se torna invisível.

Estamos todos prestes a atravessar uma corda. Podemos cair quantas vezes quisermos. Mas todas as vezes que cairmos, voltaremos ao começo.
Eu? Eu só quero atravessar com dignidade.

domingo, 13 de setembro de 2009

Fix you

Eu queria estar sempre ao seu lado
Todas as vezes em que você estivesse chorando
Eu queria juntar seus pedaços
Eu queria poder te dar um abraço
E te reconfortar
E dizer palavras doces
E te dar um chocolate
E depois, prometer que tudo vai dar certo
Eu queria poder dar bons conselhos
E mudar a vida de alguém
Dar um beijo de boa noite
E mostrar que me importo
Eu queria ligar de madrugada
Só para perguntar como foi o seu dia
E encontrar casualmente
para saber da sua vida.

O que eu queria de verdade era estar presente nos momentos de dificuldades de cada ser vivo. Tocar o coração do maior número de pessoas que eu puder. E eu vou fazer isso.

Escrevendo um livro!
Na verdade, já escrevi, falta revisar e publicar, o que não é tão fácil.


http://www.youtube.com/watch?v=JI-o25K6B-E

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Princípios econômicos aplicáveis

Na vida, é tudo uma questão de trade-off.

Quanto maior o seu Custo de Oportunidade, maior o benefício final.

Por exemplo, se você perdeu aquela festa do ano para estudar, muito provavelmente será recompensado com uma nota boa na prova.

Levantar a cada dia pensando em fazer o melhor. Na escola ou universidade, nos cursinhos, nas amizades, na academia ou no treino de basquete. Tentar se superar a cada dia. Render mais. Aumentar a produtividade. Não existe máquina de rendimento 100%, a perfeição é uma utopia. Por isso, às vezes a especialização é uma vantagem e a troca essencial.



É claro que a vida não é uma equação matemática, mas o esforço é fundamental.

Bom dia.

sábado, 5 de setembro de 2009

Multifacetas.

Lembro como se fosse ontem. Estava sentada no gramado de uma escola parque, onde era realizado um evento de animes e videogames. Conversava com a Paula e o Fernando, ambos amigos meus do Colégio Militar de Brasília. Aquele foi um bom ano. Estava no Segundo Ano do Ensino Médio e nem sabia o curso que queria direito. Já havia escolhido Desenho Industrial, meio por acaso. Então, a Paula disse que o que mais admirava em mim era isso de eu ser amiga de várias pessoas de estilos diferentes e fazer várias coisas aparentemente incompatíveis. Achei fantástico! Sempre detestei esteoreótipos e acho que a lição de vida mais importante que eu aprendi foi a ter respeito. Respeito ao próximo, entende? Porque a teoria é muito fácil. Mas na prática, muitas pessoas se enrolam. Quer dizer, quem é que nunca comentou sobre a roupa ou o estilo de alguém que estava passando por perto? Ou falou sobre aquelas pessoas que usam cosplay? Até as minhas amigas estranhavam no começo. Quando eu comecei a falar "owned", elas disseram que eu havia inventado a palavra, imagine só. Linguagem de fórum. Respeitar não é falar mal, ou olhar estranho. Pressupõe aceitar. Você não precisa gostar. Mas aceitar. É uma regra mínima de convivência. E acho que a falta de respeito é um dos maiores problemas da humanidade. Porque se os árabes e os judeus se respeitassem, várias vidas seriam poupadas. É claro que no caso deles envolve mais disputas de poder e outras coisas que não só a religião. Ainda sim, se as pessoas aprendessem a amar - incondicionalmente - o mundo estaria salvo.

Eu gosto de animes, mitologia nórdica e videogames. Mas também gosto de funk, festas e rock'n'roll. Não uso correntes de prata. Tenho shox, mas também all star. E não dispenso um salto alto. Eu gosto de política e queria melhorar o mundo. Não sou socialista, mas tenho uma leve simpatia pelo Fidel Castro. Aliás, Cuba é o meu país favorito. Mas também gosto da França, pela história e pela música francesa. Já os franceses, acho que eles são meio enjoados. Apesar de que conheço um bastante simpático. Leio de Machado de Assis a Bernard Cornwell. Minhas matérias favoritas na escola eram História e Literatura. Fiz um ano de Design, mas mudei para Ciência Política. Todo mundo dizia que eu era uma vagal, mas passei no vestibular duas vezes. Uma das paredes do meu quarto é rosa e meu fast food favorito é o McDonald's. Gosto de observar o céu na esplanada e ficar decifrando as nuvens. Às vezes sou um pouco fútil. A característica que mais me atrai em uma pessoa é a inteligência.

Existem várias partes de mim que são incompatíveis. Um amigo recente meu disse que meu orkut era "intercultural", porque tinha fotos de várias coisas distintas. Rótulos são tão chatos. Que te impede de gostar das coisas? Bom mesmo é ser variável, flexível e ter um tanto de mente aberta para descobrir novos gostos =} O difícil é não julgar.
Pequenas noções de respeito vão bem.

Abraços

domingo, 30 de agosto de 2009

Pequenos erros e etc

Tudo ia muito bem até que eu resolvi beber. E não bebi muito, nem exagerei, mas o álcool se misturou com o sono e o cansaço e eu virei a pessoa que eu detesto. Odeio quando eu começo a me expor demais, ou falar demais(principalmente sempre problemas pessoas) ou balançar demais. E odeio mais ainda aquela sensação de "ter feito tudo errado" do dia seguinte. Mas o que mais me decepciona é a cara dos meus pais. Aquela cara de desgosto. E isso também é o que mais me magoa. Vamos discutir sobre o álcool. Particulamente, eu não gosto do "sabor", entretanto, sabe aquela euforia? Pois é. A vontade de dançar mais do que todos na pista e a sensação de independência e liberdade. Então. E o paleativo, e o sono que vem depois. Porque geralmente minhas noites não são tranquilas. Tenho sérias dificuldades para dormir até quando estou cansada.

Minha mãe costuma dizer que eu tenho pouco amor-próprio. Mas como eu vou gostar de uma pessoa que comete tantos erros? Porque eu sou assim: vivo reclamando que não aparece ninguém legal, que "fulano" só me faz sofrer e etc mas quando a pessoa aparece eu fico de "blablabla" e não me apaixono. E aí, a pessoa vai embora. Deveria eu dar uma chance à estabilidade emocional? Minha mãe, novamente, costuma dizer que eu tenho uma leve queda por problemas. E talvez seja verdade.

Eu só queria deixar de cometer sempre as mesmas falhas. Não sou muito fã da perfeição, mas eu podia ter um pouco menos de defeitos, não é? Por exemplo, ser uma filha melhor ou uma amiga exemplar, ou até uma estudante mais eficaz. E talvez melhorar meu desempenho na academia! Eu queria ser muito boa em tudo que eu faço, conseguir conservar milhões de amigos, não decepcionar meus pais jamais e ser extremamente feliz. Eu queria ler mais, amar mais, perdoar mais. Perdão. Tão fácil de dizer e difícil de executar. Eu realmente queria perdoar e deixar de falar no assunto. Mas parece que ele insiste em aparecer e o ferimento é profundo demais. "Por favor, me faça perdoar", eu peço antes de dormir. Mas na primeira oportunidade eu já começo a xingar e falar mal e contar a história. E isso definitivamente não é perdoar. Não tenho controle sobre minhas emoções.

A única coisa que posso fazer é me deixar de castigo. Final de semana não vou sair. Vou ficar em casa e ver um filme. E também gostaria de pedir perdão por ter sido muito irresponsável ontem. E não se assustem, porque eu não fiz nenhuma besteira grande, apenas pequenos erros cotidianos, como falar demais e quase perder a câmera (que por acaso estava com a minha carteira de identidade)

Eu queria ser uma pessoa melhor.

Mas ah, eu só sou "uma garota ferrada procurando paz de espírito" (Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças).
Sou humana e preciso receber muitos conselhos, além de estudar para o controle de inteco.

"Se um dia eu pudesse ver meu passado inteiro e fizesse parar de chover nos primeiros erros"

Sou uma pessoa muito ruim?

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Novo recorde

22 postagens.
Nunca postei mais do que 21 em um blog. Sempre acabo abandonando por preguiça ou falta de Tempo ou qualquer outro motivo besta. Mas dessa vez estou gostando muito mais do que das outras. Isso porque consegui atingir o objetivo de fazer algo pessoal para me expressar e escrever sobre minha vida para pessoas que eu não conheço necessariamente.
E pensar que o meu último dia de férias eu passei basicamente eu encostada na porta do quarto dos fundos da área de serviço, trancada, chorando, e tomando uma garrafinha de Ice vencida. Estava há um ano na minha geladeira. Eu particulamente não sou muito fã de álcool, mas aquela vodka salvou a minha vida.
Esses dias descobri que a dor que eu sentia é mais ou menos igual aos calos que meu all star novo fez no pé (haha). Dói muito no começo, incomoda, mas de acordo com os dias que vão passando, a dor vai diminuindo cada vez mais. Às vezes, fica uma cicatriz ou uma marca, mas a dor some ou se torna suportável. E assim é a vida. A diferença é que eu não vou trocar de all star.
Ah, quero aproveitar a oportunidade para agradecer aos meus amigos por toda a força e etc: Paula, Danillo, Henrique, Carol, Lalá e Thati. E o pessoal do meu novo curso. E a FA, que me acolheu tão bem.

Hoje é aniversário do meu irmão. Ele é chato às vezes, mas na maioria eu gosto muito dele.

Final de semana cheio. Muita coisa para ler. Muita festa para ir. "Essa é a minha vida, nextel..." haha brincadeira.
beijos

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Tu deviens responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé.


Eu sempre quis ajudar as pessoas e achava que não fazia o suficiente. Eu nunca fiz um grande trabalho voluntário ou salvei uma vida. Eu nem sequer sei se já fiz alguém sorrir ou se fui essencial em um momento de crise de algum colega. Tudo o que sei é que uso muito o pronome "eu". Esses dias descobri, após uma pequena reflexão, que eu deveria me interessar mais pela vida das outras pessoas. Perguntar como foi o seu dia, ou do que você precisa ao invés de ficar me lamentando. Não sei como o Henrique ainda me aguenta. Ele que sempre escuta meus choros e atende as minhas ligações. Até mesmo com a minha família, eu fui um tanto ausente. Estou tentando melhorar, mas ainda me acho um tanto egoísta. Ou será que faz parte da essência do ser humano?

A primeira vez em que eu li "O Pequeno Príncipe", não achei tanta graça. Mas quando eu li pela segunda vez, mais velha e no idioma original, percebi que me identificava com vários trechos. O meu preferido com certeza é o da raposa. A idéia de "cativar" e ser "responsável" tocou no fundo do meu coração. Brega? Talvez. É que eu sempre quis salvar a humanidade, quando poderia simplesmente ter olhado ao meu redor e resolvido os problemas dos meus próximos. Negligenciei porque queria ser algum tipo de super-heroína ou fazer uma grande diferença. Felizmente descobri que a grande diferença pode estar em coisas tão pequenas como uma frase de consolo ou um abraço de um amigo.

Por fim, gostaria de agradecer muitíssimo ao Danillo por ter me propriciado um ótimo dia na UnB, apesar de todos os problemas que eu tinha. Realmente, ele fez a diferença naquela Quarta feira.

Descobri que há muita gente sem caráter nessa vida(e não foi só apenas aquela mentira do post anterior, mas muitas outras, sério). O negócio é que eu sou aquele tipo de pessoa que prefere "dormir ferida do que machucar alguém, porque só assim consigo dormir". Não lembro em que exatamente li isso.

E não esqueçam: vocês se tornam responsáveis por tudo aquilo que cativam.
Então, cuidado ao me cativarem.

Abraços sinceros.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Take a look at yourself in a mirror



"Take a look at yourself in a mirror.
Who do you see looking back?
Is it the person you want to be?
Or is there someone else you were meant to be. the person you should have been, but fell short of?
Is someone telling you you can't or you won't?
Because you can.
Believe that love is out there.
Believe that dreams come true every day.
Because they do.
Sometimes happiness doesn't come from money or fame or power.
Sometimes happiness comes from good friends and family and from the quiet nobility of leading a good life.
Believe that dreams come true every day.
Because they do.
So take a look in that mirror and remind yourself to be happy, because you deserve to be.
Believe that.
And believe that dreams come true every day."


Você já parou para pensar na pessoa que você se tornou? Tem orgulho dela?
Quer dizer, quantas pessoas não me diziam o quanto eu tinha talento para a Arte, ou o quanto eu não estudava e deveria estudar ou o quanto eu era alienada politicamente. E que rumo eu fui tomar? Um que nenhum dos meus amigos antigos imaginaria. Uns caminhos tão inesperados que há alguns anos nem eu mesma poderia supor. Mas definitivamente eu tenho muito orgulho da pessoa eu eu me tornei. Porque eu poderia ter sido mais fútil ou me tornado realmente uma vagal, ou não ter descoberto o que eu queria fazer (o que eu acho pior). Mas eu descobri, me conheci e me encontrei. E isso me faz realmente feliz.


"Because they do."

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Parte do capítulo XVII

"E os dois se encararam por uns minutos. Geralmente, quando Peter visitava Blenny, eles ficavam naquele quartinho mesmo, entretanto, com a porta escancarada para que Clothilde pudesse olhá-los. O pai de Blenny era do tipo ciumento, do tipo que não demonstrava explicitamente. Ela reclamava pelo jeito que ele tratava Peter, mas no fundo achava um ciúme “fofo”. Entretanto, naquele momento, no quarto, com a porta apenas encostada. Foi como os dois estivessem sozinhos no mundo pela primeira vez na vida. Eles chegaram mais perto. O quarto era meio escuro. As borboletas penduradas no teto balançavam como se estivessem vivas. Ela se aproximou. Ele continuou imóvel. Ela se ergueu para um beijo demorado. E as mãos moveram de lugar. Como nunca antes. Ela não costumava a sentir essa ardência, essa vontade. Ele sempre achava que não existia desejo, que era apenas Amor. Apenas Amor? O Amor é mais difícil de se conquistar do que o desejo. Pois o desejo não passa de uma vontade, uma loucura que vem e vai. É comum em um relacionamento, alguém sentir vontade de conhecer ou estar com outras pessoas. Isso é normal. Mas existe uma força poderosa que impede qualquer tipo de traição. E essa força se chama Amor. Quando ele não é suficiente, o relacionamento acaba. Então, se um dia alguém disser que “te ama” e depois te deixar por um capricho ou uma banalidade, meu caro, é porque ele nunca te amou. O que transforma muitos relacionamentos em uma mentira. Por favor, tenham cuidado com a palavra Amor, ela pode machucar. Não digam que amam alguém se não tiverem absoluta certeza. Não digam que amam essa pessoa se você não puder deixar tudo por ela. Porque disse uma vez Antoine de Saint-Exupéry que “O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá mais se tem.” E por favor, se um dia você amar de verdade uma pessoa não a abandone ou a deixe por motivos estúpidos. Há milhões de pessoas interessantes no mundo. E é normal que você preste atenção nelas, ou até queria estar com elas, ou até sinta atração ou desejo por ela. Mas não abandone uma ligação forte, não descarte um sentimento poderoso por uma atração física. Você vai sofrer, a pessoa amada também. E nessa ocasião, também não converse com a sua mãe, porque sogras podem ser cruéis e falsas. Encaro os relacionamentos como uma espécie de balança. Você sente atração por outras pessoas? Tudo bem, coloque de um dos lados da balança. E do outro, você coloca a pessoa amada. E então, você decide. E se você realmente amar essa pessoa, verá que nada que coloque do outro lado pesará mais. Mesmo se essa pessoa não te ligar todos os dias, ou deixar de sair com você para sair com os amigos, ou tiver um amigo má influência e uma mãe que é uma cobra. Você vai suportar, porque o verdadeiro Amor suporta tudo. E se um dia essa pessoa te abandonar é porque ela não te amava. E ela nunca vai ter merecido tudo que você fez e suportou."

("Refúgio das Borboletas")

Para bom entendor, meia palavra basta? Então lhe dou um texto.
Estou tentando ser didática sem me expor.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Do que você precisa?


Hoje, eu estava arrumando meu armário. Divido minhas gavetas de acordo com a utilidade de cada roupa. Pode parecer apenas mais uma mania bizarra(das muitas que eu tenho, acredite), mas isso facilita tanto a minha vida. Gosto de ser prática. Embora, possua uma alma de poeta. E que tipo de poeta é organizado, matemático? Mas eu herdei a melancolia, a tristeza. Estava arrumando meu armário quando me deparei com simples perguntas como "o que você vai precisar mais?" ou "qual dessas você mais gosta?". Sempre que eu arrumo meu armário, separo algumas peças para doações (muitas vezes para a minha irmã mais nova). Entretanto, há tanto Tempo que eu não sei mais do que eu preciso, que foi muito mais difícil fazer esse tipo de escolha. Quer dizer, percebi que nna vida existem perguntas essenciais que definem quem você é. E é preciso ter coragem para se jogar o desnecessário fora.

"O essencial é invisível para os olhos" (O Pequeno Príncipe)

domingo, 26 de julho de 2009

Um corredor vazio.

Minha bisavó tem Alzheimer. Já faz alguns anos que a doença começou a se manifestar e no momento ela se encontra em um estado que não consegue nem mais falar. Ela não lembra de nada, não interage mais. Ela não se manifesta. Mas o que mais me impressiona nessa doença é a ausência presente em seus olhos. São vazios, opacos, sem vida. Como se não existisse mais alma dentro de um corpo oco. Imagino a mente do ser humano como um prédio enorme repleto de corredores. Nas paredes desses corredores, há quadros e fotografias. Essas imagens fazem parte da memória. O prédio da minha bisavó é cheio de corredores vazios. As paredes são brancas e desgastadas e a maior parte dos quadros foi roubada pelo Esquecimento. As imagens que sobraram não estão nítidas. Minha bisavó está perdida no meio de algum desses corredores, sem saber o que fazer. E essa é a doença que pecorre a alma dela.
Minha mãe acha que eu não sofro porque eu não costumo falar muito desse assunto. Minha família acha que eu não trato bem a minha bisavó, porque não falo muito com ela. E todos me acham uma ingrata por causa desse tipo de atitude. Mas eu moro longe (o que é uma sorte) e mesmo não expressando muito, eu também sofro. E eu não costumo falar com a minha bisavó, não por ingratidão, mas talvez por medo. Medo de olhar nos olhos vazios e ver que não existe mais nenhuma luz nele. Ela esqueceu quem eu sou, porém, eu tenho todas as lembranças boas da minha infância. Guardadas em uma caixa que eu só abro quando estou sozinha. E segura.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Feliz dia dos amigos!

Como hoje é dia dos amigos - e hoje eu vou sair com eles - resolvi fazer um post especial e não convencional, pois, geralmente eu não cito nomes nem falo da minha vida sem ser anônimamente.

Então lá vai, uma lista com as coisas que eu mais gosto em cada um deles(dos meus preferidos):

Carol: o que eu mais gosto na Carol é o seu senso de humor. Ela sempre tem uma piada (às vezes horrível) para contar e sempre leva as coisas, não importa o quão ruim seja, de um jeito engraçado. Ela também tem um coração muito bondoso e não desistiu dos seus sonhos!

Thati: ela tem um jeito bem especial. Parece tímida, mas quando você conhece, vê que é uma pessoa excelente. Ela é esforçada e também diferente. Ela não se abala com muitas coisas e está sempre disposta a fazer um favor.

Larissa: uma palavra que me lembra a Lalá é "animação". Ela gosta de sair tanto quanto eu e aceita fazer quase qualquer coisa. Ela também é muito alto astral e distribui sorrisos.

Keila: eu admiro a Keilinha em muitos sentidos. Primeiro, porque ela foi a primeira de nós a passar na UnB, e no curso mais concorrido (diga-se de passagem)! E depois porque ela consegue conciliar tudo. Para mim, ela é a mulher-maravilha!

Alice: eu vejo a Alice algumas vezes como a "consciência" do grupo. Ela é com certeza muito sensata e sabe lidar com os problemas do cotidiano. Tenho certeza que ela teve que ser muito coragem em deixar a família aqui para morar em Floripa(passou em medicina).

Paula: a Paula é uma pessoa diferente. Ela não tem preconceito nenhum com grupos ou gostos musicais e definitivamente ela sabe se divertir. É uma das pessoas mais companheiras que eu conheço e está sempre presente, mesmo estando super cheia de coisas para fazer (está trabalhando na PM e fica sem Tempo)

Jú: a Jú é a menina mais simpática e gente boa que conheço. Ela dança funk muito bem (hhahahaha) e tem uma energia super "pra cima", daquelas que te deixa alegra em qualquer hora!

Danillo: quando penso no Danillo, a primeira palavra que me vem a cabeça é dedicação. É um namorado(da Paula) dedicado, um aluno dedicado, um amigo dedicado. Ele sempre está disposto pra ajudar, sair, ou jogar Rock Band!

Henrique: ele se tornou um dos meus melhores amigos com o passar do Tempo. Simplesmente uma pessoa sem defeitos. Inteligente, bonito, simpático, carinhoso... Passa em tudo que faz! (o.O) E está sempre disposto a ajudar nos meus momentos piores. Sinceramente não sei como ele me aguenta.


Bem, c'est fini.
Tenho outros amigos que eu poderia falar muitíssimo bem, mas não quero alongar o post =)
Geralmente, sou muito receptiva com as pessoas e acho que é fácil me fazer gostar de alguém.
Mas sempre tem aqueles que são especiais e são guardados com mais consideração.

Feliz dia dos amigos para todos.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

VENI, VIDI, VICI!

Ciência Política - UnB

Passei!
Finalmente.
Depois de um ano em um curso que eu não queria e um semestre lutando e tentando conciliar tudo.
Depois de perder a câmera, o mp3, o celular, o namorado...!
Depois de ficar horas no cursinho e voltar cedo nos finais de semana.

Queria agradecer a Deus, minha familia e meus amigos.
Queria agradecer ao falecido Júlio César("imperador" de Roma) e ao autor do livro "O Imperador", que tornou a luta inspiradora e suportável.

E só.
Beijosmeliguem! *(estou de celular, aliás)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Você me apagaria?


De que adianta uma lembrança boa se ela te faz sofrer?

Há algum Tempo, passou no Fantástico um médico visionário, o qual teve a idéia de criar um remédio que apagasse os momentos ruins da memória das pessoas. Intrigante. Foi realizada uma enquete questionando se as pessoas aprovavam a idéia e para a surpresa do doutor, a maioria delas marcou "não" como opção. A justificativa? Os momentos ruins servem como aprendizado para toda a vida.

Sempre identifiquei o ser humano como um produto de sua "essência" x "o meio" em que vive. E são as experiências que nos constroem a cada. Uma pessoa sem memória é uma pessoa sem identidade. Discuti isso com o meu amigo Erik uma vez, a caminho da parada de ônibus. Na opinião dele, somos indivíduos independente de memória e de "porquê". Ele disse que amaria a Arte mesmo que não lembrasse o motivo. Até certo ponto, concordo. Existe alguma coisa inexplicável em cada um que distingue dos demais e que define alguns gostos. Mas em contrapartida, as experiências vividas não são nulas e servem para transformar o ser e algumas preferências. Minha mãe costuma dizer que o sofrimento é importante, porque com eles aprendemos a julgar nossos erros. De certa forma, eles servem para nos tornarmos humanos e apagar as experiências ruins só prejudicaria mais o paciente. Além do quê, há o "sentir", aquela sensação idependente dos motivos ou de uma imagem pré-estabelicida.



Enfim, não tenho problemas com minhas lembranças ruins, na verdade as que me magoam são as boas. São essas que me fazem sofrer todos os dias antes de dormir.

"How happy is the blameless vestal's lot!
The world forgetting, by the world forgot.
Eternal sunshine of the spotless mind!"
(Alexander Pope)

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1082605-15605,00-LEMBRANCAS+PODEM+SER+APAGADAS.html

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Sabedorias pelo Orkut

Fui deixar um scrap para um amigo meu e acabei lendo isso aqui, deixado por um amigo dele:


"O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo de água e bebesse.
-'Qual é o gosto?' - perguntou o Mestre.
-Ruim' - disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago. Então o velho disse:
-'Beba um pouco dessa água'.Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
-'Qual é o gosto?'
-'Bom!disse o rapaz.

-'Você sente o gosto do sal?' perguntou o Mestre.
-'Não disse o jovem.
Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse

-'A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos.

Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.

Em outras palavras:
É deixar de Ser copo, para tornar-se um Lago."



Se encaixa bem pelo momento que eu estou passando, de dor.
Calma, ninguém morreu. No entanto, é como se fosse um luto.
Ou eu que sou muito melodramática?
De qualquer forma, ler isso me ajudou um pouco.

sábado, 27 de junho de 2009

Sem vontade

Sem vontade de comer, andar, sair ou fazer qualquer coisa.
Sem vontade de viver.

Já estão me dizendo que vai melhorar desde... sempre!
Desisti de ter alguma expectativa.
Só estou sobrevivendo.


Queria morrer só por uma semana
e acordar em um mundo maravilhoso.

domingo, 21 de junho de 2009

XI - Tempestade e explosão de sentimentos.

"Há muitas pessoas no mundo. Tantas que nem sei o número correto. E a cada momento, surge mais um ser humano. Algumas dessas pessoas são bonitas, inteligentes e interessantes. Outras são modestas, felizes e sorridentes. Existem inúmeros tipos de pessoas e diversas combinações de características. Positivas ou não, essas características somada com as experiências vividas são o produto de um ser humano. Entretanto é difícil explicar o que nos faz escolher uma só entre essas várias pessoas que existem. E mesmo limitando a quantidade ao meio, como, por exemplo, alunos de uma escola qualquer, o número ainda é grande. Não adianta ser o mais bonito ou o mais esperto, simplesmente existe uma espécie de força que atrai uma pessoa ligando-as acima de qualquer outra circunstância. E esse fenômeno, que eu costumo chamar de Amor, é muito raro.
Algumas pessoas se iludem com o verbo “gostar”. É muito fácil gostar de sair com alguém ou estar com aquela pessoa. Muitas vezes, os namorados acabam confundindo e dizendo “eu te amo” quando apenas gostam. E no final pode gerar uma decepção. Mas o Amor implica em muito mais do que apenas conversas ou idas ao cinema. É difícil explicar e só quem viveu vai entender isso. Amar é um elo entre duas pessoas, algo inseparável que vence até mesmo a morte. É uma ligação, como quando você sabe que essa pessoa está mal ou quando você sente essa pessoa por perto. Simplesmente a pessoa está dentro de você, não importa a distância. Vai além do físico. Não existe dor, não existe desistência, não importa quanto obstáculos. Geralmente, os Homens ligam o amor ao físico, mas quando você ama alguém não precisa de mais nenhuma pessoa te satisfazendo. Você olha os rostos e só quer ver um. No começo parece insano, uma paixão louca. Mas logo quando ameniza, o sentimento se solidifica e o casal fica impressionado com o quanto precisam um do outro, mesmo que as coisas não tenham a mesma graça de início de namoro.
Parece demasiado piegas, mas quem já amou sabe que esse sentimento é algo sagrado e imaculado. Peter e Blenny se amavam, mas de jeitos diferentes. Ele queria viver para ela, em função dela. Ela achava que cada um deveria ter sua vida e queria ser independente. Porém, da maneira deles, eles se completavam. Pareciam duas peças que se encaixavam de tal jeito formando algo formidável. Mesmo quando estava sozinha, Blenny sentia Peter do seu lado como um anjo da guarda. Os dois davam e pediam conselhos e raramente brigavam. Não era uma união exatamente estável, porque Blenny tinha seus conflitos filosóficos. Eram muito felizes e pareciam apaixonados. Aos poucos, essa paixão foi manifestando-se fisicamente em pequenos beijos, abraços e “andar de mãos dadas”. E aí surgiu um pequeno problema. Os outros alunos da escola começaram a notar o envolvimento dos dois, e como Peter era bem popular, não faltaram comentários nem especulações.
_ Você viu com quem Peter estava ontem?
_ Eu não acredito que eles estão juntos!
Diziam as meninas no pátio. Blenny odiava aqueles murmurinhos, mas tentava não se importar. Já Peter ficava cheio de indagações acerca dele mesmo.
_ Mas e aí? Vocês estão namorando mesmo? – perguntava a curiosa Catharina no intervalo.
Peter parecia em dúvida, com um rosto levemente preocupado.
_ Na verdade, eu não sei... não fiz um pedido formal, e quando eu toco no assunto, ela meio que... foge... não entendo.
_ Ah, vai ver ela ainda está meio sem graça com tudo isso. Ainda mais que a escola está toda comentando sobre vocês dois.
_ Catharina, desde quando Blenny se importa com que os outros falam? – indagou Peter com sinais de impaciência.
_ Eu não sei... só não vejo porque ela não iria querer namorar com você...
_ Vai ver ela só me vê como um amigo...
_ Tá brincando né? Você não a viu naquela festa em que você estava com a Gabriela? Ela estava morrendo de ciúmes.
_ Não sei não... - fez uma pausa e uma cara pensativa - E também não me acho merecedor.
_ Como não? Tantas meninas correndo atrás de você...
_ Catharina, um dia acho que você vai entender. Blenny não é como qualquer uma dessas meninas, sabe? Ela não se preocupa com futilidades e acima de tudo, ela é boa. Tem a alma mais bonita que já senti e não sei, de algum jeito ela é especial. Não sei, o jeito como ela anda, fala... ela é diferente. Completamente diferente. Acho que me apaixonei desde o primeiro minuto, mas tinha medo de confessar. Não sei. De algum modo, ela é sincera e transparente.
_ Peter, você é maluco! – respondeu Catharina com uma risada. Não entendia e tinha inveja da amiga.
_ Logo se vê que você nunca amou, Catharina. Mas um dia você vai me entender. Essa “coisa” é muita rara. Acontece poucas vezes na vida e devemos aproveitar quando ela surge. Essa “magia”...
_ Isso é coisa de filme!
_ Não, isso existe. As pessoas é que acabam se ligando à frivolidades e esquecem de aproveitar o Amor... o Amor, Catharina! Quando ele surgir, não jogue fora por uma besteira. Não o despreze porque se acha nova e quer “aproveitar a vida”. Aproveitar a vida não é sair com muitas pessoas ou ir a festas! É estar com que você gosta. Nunca esqueça disso. O Amor é...
E antes que terminasse a frase, Blenny surgiu entre as multidões com uma série de cadernos e de um jeito bem atrapalhado.
_ ...e Julieta é o sol! – exclamou Peter para a menina que derrubava as folhas, beijando-lhe uma das mãos.
_ Como sempre engraçadinho! – disse Blenny"


(Capítulo XI "O Refúgio das Borboletas", que é a minha alma)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Alea Jacta est!

Problemas...
Não adianta esconder ou fingir que não estão ali; também não adianta só reclamar...
Eu? eu ignorava e guardava só para mim. E estava funcionando, apesar dos meus estouros e choros e etc.
Mas chegou uma hora em que o Problema bateu na porta "TOC TOC" e disse "ei, estou aqui". E então, tudo se dissipou.
O bom de achar que está perdido é que as vezes aparece uma coisa - tcharam! - e a sensação de que tudo pode dar certo no final.
No final...
E quando esse final nunca chega?

Descobri que alguns dos meus problemas eu mesma havia causado. Reclamava da ausência dos amigos, mas eu mesma era ausente. Reclamava de não fazer amigos, mas eu mesma não era social. Sorte que esses dois eu pude consertar e ajeitar o que sobrou da minha vida, enquanto espero colher o que eu plantei. Porque descobri hoje que eu não errei apenas, também fiz coisas boas. Conciliei Francês, academia e cursinho e não importa o resultado, tive orgulho de mim mesma.
Porque agora eu estou torcendo por mim.

Alea jacta est.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Los Hermanos e as fases da minha vida.

Usando uma linguagem de semelhança de triângulos(hahaha), Los Hermanos está para mim assim como Beatles está para seus fans.

Entre tantas bandas que eu gostei - até mais do que Los Hermanos - essa foi a que mais me marcou por um motivo bem especial: foi um divisor de águas na minha vida.

Tudo começou em 2006, o nostálgico 2006, o maravilhoso 2006, o mais perfeito 2006: eu comecei a gostar de Los Hermanos nesse fabuloso ano e de repente tudo começou a acontecer.
Funcionava assim: eu pedia mentalmente e a coisa se realizava! E o melhor é que não foi um ano bom só pra mim, mas foi bom para minhas amigas, pro meu irmão, pra economia, pra política... e etc!

Foi nesse ano que eu fiquei amiga da Paula, e conheci o Vini, e comecei a ir aos shows do Móveis e vivia no Pontão sem ter nada para fazer. Foi o ano que eu mais fui sociável, sai mais, tive mais amigos, não fui mal no colégio e consegui fazer tudo o que eu queria. Foi o ano do meu primeiro namorado sério, da festa mais legal que eu já fui na vida e dos melhores amigos que eu podia ter. E isso tudo embalado pelos sucessos de Los Hermanos e Móveis Coloniais de Acaju.

O fim do ano terminou com um "Móveis Convida"... com... Los Hermanos! Melhor show da minha vida. E já pairava aquele ar de saudade.

Quando em 2007 tudo terminou,
inclusive Los Hermanos!
Meu 1o namorado tinha ido embora, meus amigos foram um a um embora e os show do Móveis passaram a ser mais caros e menos frequentes.

Em suma tudo se dissolveu e minha trilha sonora passou a ser o "Bloco do Eu Sozinho", que aliás é meu cd favorito.

Eu vi num seriado certa vez - tá, eu admito, foi no One Tree Hill - que "a música sempre acaba", e a chatinha da personagem principal respondia(acho que foi a única coisa decente que ela disse o seriado inteiro!) "isso impede que eu queira que ela continue?"
Pois é assim, com as fases, umas ruins, outras boas, umas que deixam saudades...
Sorte nossa que surgem novas bandas, novas músicas e novos vícios.

Ah, eu adoro Radiohead.

Vou terminar com uma frase que eu vi uma vez na novela e parece-me que é uma citação de algum autor inglês:
"Há certa fase na vida que os anos passam a demorar muito e os dias parecem intermináveis"

domingo, 31 de maio de 2009

Solidão

No Ultra-Romantismo, "Mal do século" era uma melancolia, um estado de espírito. No meu caso, em pleno século XXI não é tanto a melancolia, mas a solidão. Não sou tuberculosa, nem escrevo tão bem quanto Álvares de Azevedo e também não espero morrer muito cedo, porém, a segunda geração com todos os seus euforismos continua sendo disparadamente a minha fase literária brasileira preferida.
A verdade é que eu sou contra uma litératura cheia de regras estéticas. Poderia dizer "chega desse lirismo comedido", mas daí então seria uma conotação modernista, e eu nem sou fã do movimento.
Para mim, a Arte foi feita para expressar aquilo que não conseguimos diariamente(odeio o Parnasianismo, tirando Via Lactea de Olavo Bilac). E isso nos remete a uma palavra assustadora: fraqueza.
Minha maior fraqueza - defeito trágico - é não conseguir me expressar direito. Quer dizer, sei falar bem, sei escrever e desenho razoavelmente, mas na hora de dizer aquilo que está dentro, uma coisa sincera, eu engasgo. Quando eu era menor, isso era pior. Poucas vezes acho que eu disse "eu te amo" pra minha família, e eu odeio quando as pessoas me pedem pra fazer isso. Com gente de fora eu consigo ser mais amável, porque não convivo todos os dias. No fundo eu tenho medo de me doar completamente e amizades são tão efêmeras. Por isso eu posso dizer que amo pros amigos, porque de alguma forma eles vão embora e eu não vou ter que encarar a verdade todos os dias. E nem vou chorar muito na despedida.
Por isso eu sempre desenhei ou escrevi, desde pequena, quando estava mal. Tentei conservar diários que não deram certo, não escrevo por períodos, simplesmente por espontaneidade. Foi no ensino médio que eu tive a grande idéia: um caderno para escrever pensamentos. Sem "querido diário" e blábláblás. Sem pressão, ou regras, ou condutas, ou "dever agir". E funcionou. Hoje, ele está guardado no fundo do meu armário.
Só o papel me consola. Eu posso estar cercada de pessoas, todos os dias, mas são todas conversas vazias. Não consigo ser o "eu" que eu sou no consciente, nos pensamentos. Preciso viajar, porque não me suporto. E no dia que eu aprender a gostar de mim, vou conseguir ser feliz com as pessoas.
Esses foram alguns dos motivos que me fizeram querer ser diplomata. Não o principal, mas um motivo forte. Quero viver longe e não ter raízes, quero ajudar pessoas com quem não tenho vínculo nenhum, quero poder não me entregar a ninguém , quero discutir e principalmente viver em paz.
E por isso, eu tranquei a faculdade e voltei pro pré-vestibular, e me estressei porque já tenho 20 anos e com 14 D. Pedro II já era imperador, e porque preciso viajar sozinha pra me conhecer e porque não conheço o exterior.
E daí, adoeci.
Mas já era doente por natureza.

domingo, 24 de maio de 2009

Porque nos esquecemos de Cuba.

Minha paixão por Cuba começou quando eu tinha uns 14 anos. Um professor de Geografia muito estimado viajara pra lá há alguns anos e sempre contava suas peripécias na sala de aula. Encantei-me com a visão que ele tinha e logo depois de um Tempo dizia ser Socialista. Nunca fui a favor da supressão da liberdade, mas eu achava que alguém miserável também não tem muita escolha nos países capitalistas. Hoje em dia, não sou nada. Sinceramente, sonho com a Utopia, mas definitivamente não sou atrelada a nenhum partido, embora minha mãe e meu irmão insistam em que eu sou uma comunista hipócrita. Sim, hipócrita porque uso Nike shox e importo-me com algumas coisas que poderiam ser desnecessárias. Mas eu nunca fui contra a Nike, apenas achava e continuo achando um absurdo pessoas(Paris Hilton!!!) gastar 1500 dólares numa coleira de cachorro! Minha mãe alega o princípio da relativadade: o que é caro pra mim, é barato pra ela. Mas convenhamos... ah deixa pra lá! O fato é que eu continue amando Cuba e admirando Fidel Castro. Eu o acho um político fantástico! E sem juízo de valor, por favor! As pessoas confundem "fantástico" com "boa" pessoa. Não estou dizendo que ele é um santo, nem sequer "flor que se cheire", mas os discursos dele são formidáveis. Sempre quis ter a oportunidade de conhecer Cuba e seu sistema peculiar e até mesmo sofrer com os cubanos o que o ocidente chama de miséria.
Enfim, outro dia surgiu uma oportunidade - de ir na área turística. Minha mãe aceitou que eu fosse no final desse ano pela CVC. O apartamento triplo era mais barato, então resolvi chamar uns amigos. Não sei o que acontece, mas meus amigos tem um preconceito terrível contra Cuba. Minha mãe costumava dizer que não iria a um país em que o presidente era um ditador "malvado". Mas peraí!!! Então por que ela iria aos EUA em plena guerra do Iraque? Democracia, democracia... no fim é uma utopia. "Miséria é miséria em todo lugar" (estava no simulado) ...
Continuando - senão vou demorar séculos discutindo sobre democracia - chamei a Paula, grande amiga minha, para fazer essa viagem e a resposta dela foi surpreendente. Pois bem, ela disse: "Prefiro ir ao Caribe" (¬¬) E eu, rindo, respondi: "Mas Paula, Cuba fica no Caribe...", e ela novamente "Mas eu queria ir numa daquelas ilhas paradisíacas!" e eu de novo "mas Paula, Cuba É uma dessas ilhas, fica perto das Bahamas e do Haiti!" e ela "ah"... Desculpe, Paulinha, pela utilização da sua imagem, mas é que essa questão dá um ótimo assunto para um texto dissertativo(UnB que o diga)...
Por que nos esquecemos de Cuba?
Na verdade, não esquecemos. Sempre lembramos de Cuba como um país miserável controlado por um ditador terrível. A mídia sempre faz questão de focar os refugiados cubanos e aqueles que morreram tentanto fazer a atravessia até a Flórida!
O que nós esquecemos é dos excelentes sistemas de saúde e de educação pública... É de que não há nenhuma criança nas ruas, é da baixíssima, desprezável taxa de analfabetismo. Esquecemos das praias bonitas (VARADEROOOO!) e do conteúdo histórico. Nos esquecemos principalmente do povo, que lutou, sofreu.
Esse é o maior problema do Ocidente: é afirmar sua cultura "democática" como superior, é esquecer de perguntar às mulheres do Islã se elas querem deixar de usar burca. É simplesmente afirmar: "nós somos os melhores, nós vamos te ajudar, porque nosso jeito é o jeito certo e porque nós vamos te salvar".
É um problema do ser humano.