sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A menina que roubava VIDAS.

Sempre gostei de ler muito. Embora ainda ache que não li o suficiente e que existem muitos livros que quero ler, acho que conheço uma quantidade razoável de clássicos. Machado de Assis, José de Alencar, Shakespeare, Raul Pompéia e até aqueles romances históricos que estão tanto na moda. Entretanto, nenhum livro havia me cativado e eu até reclamava que não existia um que fosse "a minha cara". Gostava de muitos, mas não amava nenhum. Até que li um que me fez chorar. Eu nunca havia chorado em livros - nem quando Sirius Black morreu (comentário nerd e spoiler). "A menina que roubava livros". Não sei se é porque eu me identifiquei com Liesel ou se foi porque eu me apaixonei por Rudy Steiner, como era de se esperar(ele faria exatamente o meu tipo se tivesse dezenove/vinte anos). Acho mesmo que é porque eu sempre fui solitária e as palavras eram meu conforto. Sempre que eu tinha algum problema corria para o papel. Ele sempre foi meu único e verdadeiro amigo. Tenho inúmeros cadernos de desenhos, todos feitos com uma pitada de realismo fantástico, as situações que eu projetava no meu subconsciente. Uma vez um amigo disse-me que eu possuía uma mente introspectiva. E muitas pessoas discordariam, pois costumo usar máscaras de sorrisos no cotidiano. Mas, como uma foto que rouba lembranças, eu pego as memórias da outras pessoas e transformo em crônicas, contos, poemas e livros! Cada um tem uma história especial, que eu furto para mim mesma em meus momentos "trancada no porão" e confidencio ao meu amigo papel.

Agora eu posso dizer que um livro "a minha cara" é A menina que roubava livros. A diferença é que pego as vidas emprestadas e depois jogo no ar para alguém pegar de volta.

"Com absoluta sinceridade, tento ser otimista a respeito de todo esse assunto, embora a maioria das pessoas sinta-se impedida e acreditar em mim, sejam quais forem meus protestos. Por favor, confie em mim. Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo"

(The book thief - Markus Zusak)

Na verdade, o livro que mais me identifico é o que estou escrevendo e ainda não publiquei. Adivinha o nome.

7 comentários:

  1. o livro se chama "Confissões de uma Stripper", acertei? =p

    Esse e o caçador de pipas e alguns do Saramago e poucos outros são uns que se destacaram ultimamente.

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  2. "Confissões de uma adolescente em crise"? LOL

    Ainda não achei nenhum que identificasse... Mas até o momento tô gostando de Hell Paris...

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  3. hahaha tá na cara o nome do livro
    seu blog tá demroando pra atualizar os posts

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  4. O nome do Livro é, sem dúvida, Refúgio das borboletas! ;D

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