quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Um pouco mais de paciência

Eu disse que amava a chuva, mas esqueci de citar a única exceção: quando eu estou dirigindo. Não sou uma mestra no volante - e o Gustavo sabe bem disso - mas tento seguir as regras direitinho. Entretanto, é claro que às vezes eu erro. Hoje fui almoçar com minhas best friends. Deixei-as no cursinho e seguia para a unb. Quando estava passando pelo balão, um carro entrava em minha frente. Passei por ele, fazendo-o freiar bruscamente, o que deixou o motorista furioso. Tudo bem, eu devia ter deixado ele passar, mas isso iria congestionar o trânsito no balão - odeio balões. Entendo ele ficar com raiva, mas alem de ter buzinado mil vezes, o que pra mim já foi o bastante para demonstrar a raiva dele com minhas aptidões automobilisticas, o cara passou, encostou do meu lado e começou a gritar enquanto buzinava. Não entendi uma palavra e tudo que pude dizer foi um "desculpa" singelo que ele nem escutou porque saiu em disparada quando eu comecei a falar. Isso me deixou tão nervosa que eu quase chorei. Bata em mim, mas por favor não grite comigo. E então eu fico pensando, custa ter um pouco mais de paciência? Com as pessoas que não dirigem tão bem, com as pessoas diferentes, com as pessoas estranhas, com as pessoas que não sabem fazer algo, com as pessoas em geral. Eu tentei me desculpar, mas ele não me deu sequer uma chance. Eu sei que perdoar algo é muito difícil na prática, mas um pouquinho de colaboração ajuda. Os carros não se chocaram, nem houve um arranhão. E também não acho que gritar faça muita diferença. Espernear, desejar o mal ao outro, mandar "se ferrar" pode até ajudar a aliviar a tensão, mas não vai fazer voltar ao passado e consertar os erros, que aliás são muito úteis. Errar é necessário para que aprender seja possível. É mais fácil e mais doloroso aprender com nossos erros que os dos outros, mas ninguém é perfeito. Tudo que eu peço é um pouco mais de paciência para não se arrepender depois. Porque alguém disse uma vez que a palavra dita é igual a pedra lançada e a oportunidade perdida. A diferença é que a pedra as vezes não atinge ninguém, mas as palavras, meus amigos, às vezes doem mais do que socos na cara.

O resto do dia ocorreu sem problemas, apesar de eu ter me perdido no setor de embaixadas e chegado atrasada para a aula de Direito. Consegui vender todos os meus ingressos do Vaca Louca, sim, mais um daqueles churrascos e choveu bastante. Aliás, tomei um baita banho de chuva na universidade.

Fiquei decepcionada por ninguém ter acertado o título do livro, está literalmente na frente de seus olhos. O Leskito deve saber, pois eu devo ter contato.

Abraços sinceros.
N.

3 comentários:

  1. eu realmente sei, mas não falei pra continuarem deduzindo =B

    foi por isso que no msn você falou que ontem tinha sido tenso?

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  2. Ouvir é uma missão quase impossível. Odeio quando gritam comigo tb :(

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  3. Eu também sei o título,inclusive você já falou ele em um dos primeiros posts, inclusive ele era pra ser o assunto principal do seu blog, mas acertar não tem a mesma graça de errar e te deixar brava. VOcê ficar super gatinha sensual quando tá brava.

    Quanto ao post, todo mundo me zoa horrores, mas por maior que seja a barbeiragem alheia, eu NUNCA buzino ou dou luz alta. Isso só atrapalha ainda mais alguém que aparentemente já não dirige bem em condições normais. O pior que eu faço é xingar baixinho.

    E aquele dia que vocÊ me deu carona foi um dos dias mais engraçados do dia, pela sua falta de habilidade na direção e no consumo da salada.

    Ainda bem que você é cocota.

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