sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Esperança

Brotou uma flor no meio do deserto. Amanheceu um outro sol com uma luz radiante. Era um novo dia, ela sabia. Estava cansada. Tudo parecia o mesmo, embora as pessoas insistissem em uma Nova Era. O mundo da tecnologia, a globalização das idéias, as inovações no mundo da moda. E mesmo com todos os prodígios do novo milênio, ela sabia que algo não iria mudar. A pobreza, a miséria, a angústia. A Melancolia, sua companheira de horas vagas, ainda estaria ali. Telefonando-lhe nos momentos mais inoportunos, aparecendo de vez em quando, querendo tomar um café. E ainda assim, ela queria acreditar que aquele dia seria diferente. Que algo mágico aconteceria, algo novo e surpreendente: uma ligação inesperada, um sorvete com os amigos, um telegrama que seja com uma notícia boa, um reencontro casual. Algo que a fizesse acordar e rir sem motivo, abraçar alguém na rua, comer chocolate sem culpa. Mas tudo que existia à sua frente era um sol brilhante, um futuro ofuscado pela luz.
Brotou uma flor no meio do deserto. E o nome dela era Esperança.

8 comentários:

  1. tenha esperança, isso é tão cliche né, mas quando tudo parecer tão insuportavel, temos que nos apegar a esperança, de que amanha tudo sera diferente :)
    te adicionei no msn

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  2. senti um leve plágio.. hauaauhuahau
    mas ficou bom! sempre gosto do q vc escreve,nay!

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  3. senti semelhanças com a flor e a náusea de carlos drummond...
    na parte da flor nascer na rua,rompendo o asfalto.

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  4. aah nem lembrei disso não
    mas inspirei em parte numa música chamada Telegrama, do Zeca baleiro, mas não foi a parte da flor não :)

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  5. pq não viver esse mundo, se não há outro mundo?

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  6. Acho podemos cultivar a flor do deserto em nossas casas e passar para os vizinhos essa receita de semeio, cultivo e depois, porque não podar e distribuir por aí?
    FiKDiK

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  7. Pisa na fulô, pisa na fulô.

    tá, não sou tão chato assim. Cuide dessa flor direitinho pra ela não morrer.

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