Quando eu era menor - porque infelizmente não cresci muito desde então - costumava observar atentamente as letras das músicas que passavam na rádio. Um das que mais intrigava era aquele que diz "Nada do que foi será..." Essa música sempre me proporcionou uma sensação de nostalgia, mas ultimamente ela tornou-se mais presente em meus pensamentos do que qualquer outra música que eu goste.
Se eu fosse uma filósofa na Grécia Antiga, com certeza meu assunto preferido seria o Tempo. Isso. O Tempo, exatamente o tema do último vestibular da UnB. Esse "destruidor" de coisas. E contruidor também. Acho que passei a maior parte da vida tentando entender a passagem do Tempo.
Na escola, nós aprendemos que são três: passado, presente e futuro, como se tudo fosse muito simples. Parece que se tem uma vida inteira pela frente, o que não passa de uma realidade efêmera. A vida é algo muito delicado. Em um minuto você está conversando com uma determinada pessoa e no minuto seguinte ela pode sofrer um acidente e morrer. A vida e a morte são dois outros assuntos que me intrigam e que merecem um post exclusivo.
Como diria um amigo meu, "os seres humanos inventaram o relógio para controlar o Tempo, e acabaram sendo controlados por ele". Sinceramente, eu adoro essa frase. Mas para mim, o conceito de Tempo sempre foi algo relativo. Como quando você não quer que aquele momento especial não passe e tudo parece passar em câmera lenta; ou então quando você conhece alguém e parece que já se conheciam há anos.
O certo é que algumas fases da vida podiam passar mais devagar. Eu não gostaria de viver para sempre, até porque a vida ficaria sem graça, mas a saudade é um sentimento que eu detesto. Logo eu, que sou viciada na história do "Peter Pan". Porque no cotidiano frenético em que somos praticamente coagidos a participar ativamente, é quase impossível não existir um momento sequer em que eu não queira ir pra Terra do Nunca.
Mas enfim, um dia eu tenho que crescer e acho que esse dia já passou há muito Tempo.