Introspectiva. Foi o que um colega de classe disse que eu era quando eu mostrei meus desenhos. Talvez fosse por isso que eu sempre gostei da Arte. Uma maneira de extravasar tudo aquilo que eu não conseguia dizer. E até hoje eu não aprendi a passar o mundo interior sem a intermediação de um bom papel ofício. Esse foi um dos motivos de escrever essa história. Ainda assim, nenhuma frase será suficiente para descrever aqueles dias. Dias chuvosos e felizes. Nada é capaz de descrever aqueles momentos. E acima de tudo, nada é suficiente para mostrar-lhe o quanto eu fui feliz naqueles sessenta dias de Outubro.
Mas acima de tudo, existe outro motivo: eu precisava eternizá-lo. Ele merecia viver para sempre. Ou ao menos, saber que viveria para sempre, nas minhas lembranças.
A dedicatória é unitária
O momento é ambiguo
As lembranças são egoístas
E o mundo é só nosso.