quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Aha uhu, o refúgio é meu!

Chegou o meu certificado de Direitos Autorais!
É oficial: o refúgio é legalmente meu!
Sabe aquela felicidade genuína e até infantil que brota de repende e você quer compartilhar com todos a sua volta?
Pois é, foi o que eu senti a ler o certificado nas minhas mãos.
Embora eu já estivesse com o recibo alguns meses atrás,
é indescrítivel a sensação de ter algo seu
algo da sua história
nas suas mãos.

Porém, não havia ninguém para compartilhar.
Ninguém se importou, de tanto que estavam fechados em seus problemas diários
Ou porque estão brigados comigo, como sempre.
E a felicidade virou decepção.
Quis ligar para a Paula ou o Henrique, mas meu celular não funcionou
Quis falar mais que tudo com o Pedro, o livro é muito mais dele do que meu.
Mas não consegui.

Percebi então que o único que estava presente era Peter. Ele foi o único que esteve presente todos esses anos quando eu chorei no meu quarto debaixo do cobertor. Quando as pessoas me traíram. E todas as vezes que eu quis morrer e sentia culpa. Quando brigavam comigo. Quando eu tive medo e não tive coragem de admitir. Quando eu me decepcionei com as pessoas. Quando eu era menor e estava com medo de avião mas não queria aterrorizar minha mãe (pois ela quase entrava em pânico), então mentia dizendo que não estava com medo, ele foi o único a segurar minha mão. Ele me acompanhou em todas as minhas peripécias, angústias e solidão. Ele foi a única pessoa que me entendeu por completo nesses vinte e um anos ingratos.
Pena que... ele foi uma invenção da minha cabeça.
Que agora está imortalizada em 152 páginas de um romance não publicado, mas legalmente meu, e só meu, assim como a minha alma.

Obrigada Peter, queria que você existisse mais que tudo agora, para eu poder dizer "ei, bobão, registrei meu livro", e então ele me daria aquele abraço e diria "parabéns, eu sempre tive certeza que você conseguiria" e abriria aquele sorriso infantil que me faria esquecer o quanto eu odeio a raça humana.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

No guts no glory

"Robin Hood" sempre foi um dos meus clássicos favoritos. Daqueles que te fazem refletir sobre algum aspecto da sua vida, e idealizar algo mais que apenas ir à escola ou sair com os amigos. Mas o interessante nisso é que o motivo de eu gostar tanto de uma história folclórica como essa não é a razão tradicional - a de que o Robin rouba dos ricos para dar aos pobres  - e sim um aspecto que fica meio escondido ou negligenciado por leitores desatentos. A minha questão favorita apresentada nas várias versões de "Robin Hood" dilema do "bom ladrão", e sim o da "busca pela glória".
Robin de Locksley originalmente era um nobre que lutava nas cruzados ao lado do rei Ricardo Coração de Leão. Tinha abandonado a Inglaterra e sua nova lady Marian, além do feudo, para lutar por um ideal de realização maior: a fé cristã, a defesa da pátria, o que seja a máscara da cruzada dos reis. Ele volta para a Inglaterra e vê que seu feudo foi tomado por sir Guy, que além de tudo é apaixonado por Marian, que por sua vez está ressentida pelo abandono do ex-noivo.

Essa é a sinopse do seriado da BBC que eu tanto gosto e que para mim, é a melhor versão de todos os Tempos dessa lenda. Melhor até que o último filme que lançou, embora ele tenha mostrado um outro lado desprezado e importante da história de "Robin Hood": a Magna Carta e a luta pelos direitos constitucionais.
Assim, "Robin Hood" de forma geral, representa para mim, dois aspectos de uma ideologia que persegue meus argumentos em muitos setores da minha vida privada:
1 -  a luta por direitos que estejam acima do soberano - liberdade
2 - a busca pela glória e o sacrifício da vida pessoal
Apesar de Robin pronunciar diversas vezes os direitos da Inglaterra e lutar por um bem maior, parte dessa luta mostra uma característica essencialmente egoísta do nosso herói (um quê de antiheroismo em uma alma consagrada): o desejo de ser amado. Sim, pois Robin não luta apenas pelos direitos da Inglaterra, mas pela vontade de não ser apenas mais um homem ordinário. Ele não só quer atingir a glória, mas como despreza ser mais um na multidão. E é por isso, que na realidade, ele até sente orgulho de ser um fora da lei: ele quer os aplausos e os holofotes. E é por isso que Marian fica tão indignada. Pois se fosse apenas os direitos da Inglaterra, talvez ela suportasse melhor todas as noites que eles estiveram separadas. Mas nunca existe apenas um motivo, não é? O que nos leva a um dilema crucial: vale a pena desistir do amor da sua vida - supondo que isso existe - por um ideal maior? Ou pela glória em si? Lembrando que pessoas traem, mentem e magoam, Robin Hood não precisa se envolver emocionalmente com nenhuma delas para ajudá-las. Ele rouba o dinheiro, ele o distribui, mas a única pessoa com que ele se envolve na história inteira - do seriado - é uma que a princípio quer se afastar, mas depois passa a lutar do lado dele em busca da salvação da nação (ela atua como vigilante noturno - sensacional, até mesmo para as feministas de plantão).
Entretanto, é muito difícil encontrar uma pessoa assim na vida real.
Nem todos tem essa sorte, 

[spoiler]
ou azar, Marian morre no final. [/spoiler]

É preciso ter coragem
para encarar os obstáculos
e para sacrificar algo em prol de um ideal maior

PS: Lembrando que esse dilema também é tratado em "Tróia" em um diálogo de Aquiles com a mãe, quando ela diz "se ficar aqui, casará com uma boa esposa e terá família, será lembrado por seus filhos e pelos filhos deles, mas só. Se for à Roma, seu nome será reconhecido em toda a Grécia e até muito depois, entretanto não voltará e não o verei de novo"... e o que foi que ele escolheu? tcharam

PS[2] quem quiser, pode encontrar o download dos episódios na internet, ou no site da BBC séries :)

domingo, 8 de agosto de 2010

The ugly truth

I have to write in English, because I don't want my parents reading this, or anybody of my family - thankgod they don't know english, although my father speaks french(my favorite language all the world) really well. Sometimes, I really hate them. I mean, not them, not the people that they are, but especially living with them. And mainly, because my brother is a fucking jerk. Sometimes, I can't stand, I can't understand how one big friendship became this shit, became this unbearable living together. Since I came from the wonderfull place that is Vancouver, my brother have been more and more crazy. Just crazy. He screams all the time and such a little mistake is a reason to fight. And it's not a common fight between siblings. It is a mixed of anger, incredible range, and madness. Nowadays, he have been extremely cruel. He says a lot of things, spend 1 or 2 weeks withou speaks, and when he talks something it is just to humiliate me. He explodes for every little thing and this is really making me crazy. And, of course, I am feeling like a trash, because every place that I go, I talk about my brother, telling how I love him, althoug I don't say this so much when I am with him.  You must understand that my familt is not the kind that talks about love every time, except for my mother. We are introspective and I don't see any problem in that. However, we never fough this way as the last days. Friday, for example, my brother had a surprise party. He could take a ride with a friend, but he was late. So, I was about to arrive in home and they immediately asked me to leave him in the house of his friend. I said "ok", but I needed check out my e-mails before. When I was reading an important e-mail about something of the university, he started to make a scandal. And you have no idea how cruel he can be. He totally overeact and then, the fight started. We went down screaming and discussing and he started to say a lot of bad words, as always. When we were on the car, I said that if he couldn't go withou speak a word, he would go walking to the party. And so, the pride, as always again, spoke more loud. He got out of the car and started to walk. I was behind him, asking to go back to the car. I must clarify that the party was not very far way, just tree blocs of our house. He went to the party walking. It seems very stupid and little, but today he exploded again. He said that I am fucked and I will regret all my life because of making he walk - tree blocs, my god - and a lot of bad words again. He said that he wont do me a favor anymore - but this doesnt really matter, by the way, he never do anything for me. Oh, and of course, he said that I must have stayed in Canada forever. So, my dear, I wanted. Do you think that I wanted go back to this hell? Do you think that I miss anybody? I miss no one. Not even my family. Especially my family, I think. I was in heaven without the screams, the fights between mother and father (she always says that she will take the divorce), my sister breaking my things and my brother calling me shit. Sometimes, I thought about parents, of course. They are really good, but sometimes the flaws are too big. They don't consider my feelings and they always think that I am creating every suffer, that I don't suffer for real. They don't have any idea. And I always talked about my brother, how I loved him, to my friends of school. But when I came back, I realized that he didn't deserve any of my beautiful words. At all. And this is the ugly truth about me. I don't really care about human beings, I mean, we are trash and we deserve die. I just want to help people, but without making friends, without risk my life with this fake relationships, because I don't believe in love anymore. It doesn't exist. Otherwise, a brother would not to scream and almost kill you with the eyes just because of a party. And that is why I prefer the books. Study, make money, have a good job, help people without feelings... this is all that matters... not these stupid people that just make me waste my time.

Sometimes, I really hate people. Their pride, selfishness and pretensions. I can't even stand my family's flaws. I wish I could live so far away, in a small house, totally alone, me and my books, the perfect world without this daily cruelty and folly. It is one of the reasons that I want to be diplomat: living far away without all this fucking fake love. 

Sorry, my friends, I'm really angry, sad, frustrated, disappointed. And it's not new... It's been awhile and if I don't say anything, I won't bear this.

Now, that I am relieved, I can go back to my studies...
Forgive my grammatical errors, I don't have any time to review, so I have to write fast.
And thanks for reading about my stupid life, it have been also a kind of consolation, knowing that tere is someone that is not superficial... and, of course, I love to write... it's like the paper can understand me better than my parents.