sábado, 24 de outubro de 2009

Fuck beauty contests

Uma vez estava eu no Pier quando encontrei um amigo meu da época do CMB... Começamos a conversar sobre términos e namoros... No começo estava tudo bem, mas então ele começou a falar das características da ex namorada dele: "ela era linda, muito bonita mesmo, pele clara, cabelo escuro e um..." e então, ele disse que a característica obrigatória de sua futura esposa é a beleza. E continuou falando sobre físicos e coisas fúteis. Eu so consegui rir na hora, mas a situação na verdade é bem triste. Porque quanto penso em casar com alguém, em 1o lugar quero que ele tenha caráter e seja muito - mais MUITO - inteligente. Sem contar que o Amor não tem nada a ver com nada, surge do vazio e de repende quando você menos espera. E então não importa se é feio, inteligente ou atleta. Há quem discorde, é claro. Mas então, eu vou a esses churrascos da UnB - sim, esses mega eventos com muito alcool e sem comida! - e vejo a quantidade de gente vazia. Pessoas que vão só para "pegar" alguém que nem vai se lembrar no dia seguinte. E para quê tudo isso? Ego? Tentativa de preencher o vazio existencial? Todos nós temos um. E sempre aquelas mesmas conversas:
_ que curso você faz?
_ ciência política
_UnB ou ceub? (nem existe esse curso no CEUB, cara!)
_ unb
_ legal, faço ...
e pronto.
Certos caras definitivamente precisam de manuais de "como chegar em garotas". E não estou querendo ser hipócrita, não sou nenhuma santa e muitas vezes admito que eu não presto! Mas não sou muito de valorizar o exterior. Algumas vezes até que sim . Mas o que é aparência, afinal? Por que essa obsessão? Como suportar viver com alguém que é lindo, mas não sabe conversar? São conceitos tão relativos.

Vejo através da alma das pessoas.

Porque a vida é um grande concurso de beleza, cada um tentando aparecer mais que o outro. Quando a verdadeira beleza está no coração.

Faço das minhas palavras, as do Dwayne.

É como eu digo sempre: "hoje em dia é mais fácil encontrar gente com dinheiro do que com caráter"

PS: A resposta do post anterior é Duas Caras

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Duas de mim

Em um dos volumes das crônicas de Artur(Bernard Cornwell), Guinevere descreve seu esposo para Derfel, o fiel escudeiro, como alguém que é guiado por uma carroça de dois cavalos. Ela diz que um deles represente sua enorme bondade e outro sua grande ambição. Esse é um dos meus trechos favoritos de todos os três livros da série, porque eu me identifico bastante com ele. O rei Artur sempre foi um dos meus personagens favoritos, embora eu não soubesse tanto a respeito(a traição de Guinevere foi um dos fatos que mais me chocaram) antes de ler a saga. E a descrição que ela fez cabe a bastante a minha própria pessoa. E eu me identifico muito com Guinevere também, menos na parte do adultério. E então vem o porque: acho que existe duas, se não muitas, de mim. E digo isso porque me conheço a nada mais nada menos que vinte anos! Mas será que me conheço mesmo? Às vezes sinto que quero abraçar o mundo, ajudar as pessoas, chegar até cada coração abandonado e dizer "I've been there", ou "você vai superar" e então dar a mão a quem precisa mesmo. Mas, outras vezes, como para se compensar (como se bondade fosse algo errado, uma espécie de violação de comportamente), tenho impulsos malignos de mandar todos para aquele lugar e de fazer maldades. E como eu sou egoísta nessas horas! Ambição, ambição, ambição. Não por dinheiro, que não me faz falta em noventa por cento das horas. Mas sempre o poder! Sabe, aquelas artimanhas de influenciar pessoas e fazer "amigos"? Sempre gostei disso. Uma pessoa a mais, ponto para mim no placar. E então, eu esqueço que elas não são brinquedinhos. Como quando eu quero que alguém arraste a carteira na sala de aula para mim e faço aquela carinha. Como personalidades tão diferentes podem conviver, eu não sei. Só sei que elas existem. E surgem como impulsos, que algumas vezes não consigo controlar.

Adivinha só meu personagem preferido do Batman, depois do Coringa e da Mulher-Gato, é claro.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Anomia

O que acontece quando tudo em que você acredita e pensou ser a verdade a vida inteira desaparece como se o vento soprasse forte cortando a sua face? E de repente, aquele castelo construído sobre alicerces fortes, desmorona em frente aos seus olhos como se as verdades que o tivessem construído fossem fracas como areia. E o que acontece com os princípios? Sim, aqueles enraizados pela cultura, pelo meio e pelos grupos sociais. Aqueles que são fatores externos ao indivíduos e dessa maneira, possuem tanta força de coerção. E quando essa força desaparece? E quando tudo aquilo que pareceu verdadeiro em seus vinte anos, se transformaram em uma ilusão de um ano de vida? Quando uma atitude prova que todo os seus sonhos foram baseados em falsos pensamentos, em verdades imaculadas e abstratas. Você procura e no final não vê nada além de atitudes diversas e caminhos opostos. E às vezes parece que essa verdade tão procurada não existe em nenhum lugar do mundo. Você que sair, conhecer, andar, conversar e se libertar. Quer visitar diversos lugares, aprender várias culturas e se inserir em outros meios de vida. O indivíduo é um produto do meio versus essência. Mas no final, não resta nada além de pó.

Um pó tão fino, que é levado por uma pequena brisa.




Se não existem verdades universais, como podem haver direitos fundamentais e inerentes?

domingo, 11 de outubro de 2009

Metodologia organizacional para relacionamentos

Talvez fosse muito mais simples se todo o relacionamento viesse com nota fiscal e data de validade. Assim então, os indivíduos estariam mentalmente preparados para um possível rompimento ou decepção. Seria bom que cada um viesse com uma pequena garantia, dois meses, três meses, os primeiros seis meses que parecem um mar de rosas. Seria plausível que no manual de instruções viessem especificados em letras grandes e não apenas em rodapés, todos os defeitos da mercadoria. E então, cada um pudesse escolher sem dor o mais adequado ao seu consumo próprio.

E então, o adultério seria apenas mais uma quebra de contrato e talvez quem sabe assim as pessoas levassem realmente a sério.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A vida é efêmera

Como se estivesse em um sonho, uma moça diante de um penhasco. E basta apenas um empurrão para a verdade aparecer como quem diz "Olá, eu sou você!". E de repente, ela se afoga em seu próprio mar de solidão, não conseguindo respirar, emergindo em mágoas passadas que não conseguiu perdoar. Construiu uma ilha de ilusões. Feliz com a mentira que criou, achando que a felicidade está em olhar o mar e admirar o pôr-do-sol. Mas nem os objetos às vezes parecem tão tangíveis. E a vida passa como se fosse um filme de comédia, terror, drama, violência e romance. E de repente ela acaba como se o videocassete não estivesse mais funcionando. E ninguém volta para contar história.


Já dizia um amigo meu que somos todos produtos de um sonho de alguém que está em coma.
e esse alguém pode ser qualquer um, inclusive você.


"Wake up, now it's over, just tell me it's ok to die" * ["Life On Standby" - Hawthorne Heights]

domingo, 4 de outubro de 2009

Sobre o Amor e outras coisas

Certa vez, o Pedro me disse que iria me amar para sempre. No momento, eu fiquei indignidada e questionei. Então ele me disse que nem sempre seria como namorada, mas talvez como amiga e irmã. Naquele dia, eu fiquei decepcionada. Porque eu queria estar com ele. Só hoje eu consegui o que ele quis dizer com aquelas palavras. Porque hoje eui posso dizer que o amo, não como namorado, mas como um amigo ou até mesmo um irmão. O Pedro foi uma das pessoas mais importantes, e que mais valeu a pena eu ter conhecido. E eu faço questão de ter guardada em minha memória, toda fração de segundo que eu passei com ele. Exatamente hoje, dia quatro de Outubro, faz três anos. Dois que eu não o vejo. E ano passado, quando eu estava namorando outra pessoa, eu ainda chorava de saudade. E isso remete a uma das questões mais antigas da humanidade: o que vem a ser o Amor? Essa coisa não-coisa, intangível, não palpável, invisível, que move o universo. Há quem diga que não é algo definível, mas esse tipo de pessoa diz isso para justificar suas mentiras e seus fracassos. E o conceito pode variar de ser para ser, de acordo com a própria percepção do mundo, mas eu digo que é algo defínivel sim, embora extremamente pessoal. Para mim, está relacionado com superação. E não é que haja alguém perfeito no mundo, mas quando você ama até os defeitos viram qualidades. A palavra superação é a que mais me vem à mente quando eu penso em Amor, pois esse sentimento se mostra tão forta que atinge o incondicional. Um exemplo bem didático a respeito é o Amor de mãe. Uma mãe não deixa de amar o filho, não importa os defeitos e até mesmo as violações de caráter. É como uma corrida de obstáculos, em que as barreiras vão aumentando e você vai pulando com um sorriso no rosto. Infelizmente, eu não tive que superar muitas coisas pelo Pedro, porque ele facilitava tudo para mim. Infelizmente também, ele não conseguiu pular o último obstáculo: morar longe. E eu lembro como se fosse ontem que eu disse: "eu não sou o amor da sua vida, porque pelo o amor da sua vida você vai conseguir namorar à distância". Dito e feito. Hoje em dia, ele está na Espcex, namorando à distância há um ano e bastante feliz. E meus amigos diziam que ele não ia ser nada na vida e brincavam comigo por ele ser dois anos mais novo. O Pedro não foi apenas meu primeiro e melhor namorado, foi uma lição de vida. Dificilmente, alguém um dia ocupará lugar semelhante em meu coração.
Mas de volta aos variados conceitos da palavra AMOR, uma vez um amigo me falou em um bar (reflexões de bar são as melhores) que o amor seria o "ato de querer que o outro seja feliz". Eu acho que não é só isso, mas também faz parte. Eu rezo pelo Pedro todos os dias e quero muito que ele seja feliz. E eu também acho que o Amor de verdade não está atreladado a certas características. Por exemplo, tem gente que pensa que basta ser bonito, inteligente, simpática e "tcharam" você automaticamente se torna amado por quem quer seja. Sim, facilita ter características positivas, mas novamente não basta. E vocês podem chamar de química o que eu costumo apelidar de "ligação", mas existe aquela mágica a mais, o "tcharam! eu o amo" independente das características pessoais. O Amor à primeira vista. Porque na primeira vez que eu vi o Pedro eu falei "eu tenho certeza que eu vou amar esse garoto". Entre encontros e desencontros, minha mãe pode falar quantas vezes quiser que aquela pontada no coração é fruto da paixão. E certos indivíduos também podem dizer o que quiser que a paixão e o Amor podem coincidir. Porém eu volto a afirmar: sim, podem coexistirem, mas não são a mesma coisa. A paixão é enlouquecera, ela te reduz a pedaços e quebra seu coração e a sua rotina. O Amor é calmo, não é egoísta (e faço das minhas as palavras da bíblia), e principalmente não se acaba. E a frase não é "ETERNO enquanto dure"(frase de pagode), mesmo proque seria um paradoxo de cretinos. A frase certa é "INFINITO" e infinito não significa "forever" por favor! Infinito pressupõe que não se esgota e não que dura para sempre. São coisas distintas. Tudo isso porque existem pessoas que abusam dessa frase para justificar o término de um relacionamento. O relacionamento pode até acabar ou mudar, mas o Amor permanece. Porque já dizia o Danillo que Amor de verdade não acaba, transforma-se. E eu acredito. Pena que alguns se transformam em raiva, porque parece que existem pessoas que OU não possuem coração OU tem sérios problemas mentais.
Felizmente, acho que esse não é o meu caso.

Por fim, vou dar um conselho às garotas: aquela máxima de que bom partido é aquele trata bem a família é MUITO verdadeira!. Prestem atenção principalmente na forma como o cara trata a mãe deles, isso pode dizer muita coisa.


Hoje eu posso dizer que eu amo o Pedro. E não como namorado.
E também posso dizer que amo minha família e alguns amigos queridos.
E também que tenho a capacidade de abraçar o mundo, basta não mentir para mim.

"It's hard to find angels in hell" ("City Of Devils" - Yellowcard)
But it's not impossible.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Um pouco de futilidade saudável

Toda vez que eu vou ao salão, duas coisas me irritam:

1ª - a manicure sempre pergunta "que cor?" e eu respondo "ah um vermelho" ou então "um rosinha claro", e então ela me olha com aquela cara de "o nome do esmalte, querida!" e eu fico minutos olhando a cara dela... Por acaso, eu tenho que ficar decorando nome de esmalte? Poupe-me né! Sem contar que cada um tem um nomezinho que dá dó... Tipo "petala", "cigana", "princesa" e por aí vai hahaha

2ª - quando estou fazendo uma escova, sempre perguntam "é pra ser lisa?" WTF? O objetivo da escova não é exatamente esse por si só? E sempre vem aquele constrangimento quando a mulher pega o espelhinho para mostrar como ficou a parte de trás e então fica esperando você dizer algo - e geralmente eu não digo nada.

Eu gosto do resultado, mas odeio o processo.
E como uma típica frequentadora de salões que sou, sempre levo meu Maquiavel ou Rousseau, e é claro meu Ipod.

Desculpem pelo post, mas há anos eu precisava me expressar a respeito.