sábado, 27 de junho de 2009

Sem vontade

Sem vontade de comer, andar, sair ou fazer qualquer coisa.
Sem vontade de viver.

Já estão me dizendo que vai melhorar desde... sempre!
Desisti de ter alguma expectativa.
Só estou sobrevivendo.


Queria morrer só por uma semana
e acordar em um mundo maravilhoso.

domingo, 21 de junho de 2009

XI - Tempestade e explosão de sentimentos.

"Há muitas pessoas no mundo. Tantas que nem sei o número correto. E a cada momento, surge mais um ser humano. Algumas dessas pessoas são bonitas, inteligentes e interessantes. Outras são modestas, felizes e sorridentes. Existem inúmeros tipos de pessoas e diversas combinações de características. Positivas ou não, essas características somada com as experiências vividas são o produto de um ser humano. Entretanto é difícil explicar o que nos faz escolher uma só entre essas várias pessoas que existem. E mesmo limitando a quantidade ao meio, como, por exemplo, alunos de uma escola qualquer, o número ainda é grande. Não adianta ser o mais bonito ou o mais esperto, simplesmente existe uma espécie de força que atrai uma pessoa ligando-as acima de qualquer outra circunstância. E esse fenômeno, que eu costumo chamar de Amor, é muito raro.
Algumas pessoas se iludem com o verbo “gostar”. É muito fácil gostar de sair com alguém ou estar com aquela pessoa. Muitas vezes, os namorados acabam confundindo e dizendo “eu te amo” quando apenas gostam. E no final pode gerar uma decepção. Mas o Amor implica em muito mais do que apenas conversas ou idas ao cinema. É difícil explicar e só quem viveu vai entender isso. Amar é um elo entre duas pessoas, algo inseparável que vence até mesmo a morte. É uma ligação, como quando você sabe que essa pessoa está mal ou quando você sente essa pessoa por perto. Simplesmente a pessoa está dentro de você, não importa a distância. Vai além do físico. Não existe dor, não existe desistência, não importa quanto obstáculos. Geralmente, os Homens ligam o amor ao físico, mas quando você ama alguém não precisa de mais nenhuma pessoa te satisfazendo. Você olha os rostos e só quer ver um. No começo parece insano, uma paixão louca. Mas logo quando ameniza, o sentimento se solidifica e o casal fica impressionado com o quanto precisam um do outro, mesmo que as coisas não tenham a mesma graça de início de namoro.
Parece demasiado piegas, mas quem já amou sabe que esse sentimento é algo sagrado e imaculado. Peter e Blenny se amavam, mas de jeitos diferentes. Ele queria viver para ela, em função dela. Ela achava que cada um deveria ter sua vida e queria ser independente. Porém, da maneira deles, eles se completavam. Pareciam duas peças que se encaixavam de tal jeito formando algo formidável. Mesmo quando estava sozinha, Blenny sentia Peter do seu lado como um anjo da guarda. Os dois davam e pediam conselhos e raramente brigavam. Não era uma união exatamente estável, porque Blenny tinha seus conflitos filosóficos. Eram muito felizes e pareciam apaixonados. Aos poucos, essa paixão foi manifestando-se fisicamente em pequenos beijos, abraços e “andar de mãos dadas”. E aí surgiu um pequeno problema. Os outros alunos da escola começaram a notar o envolvimento dos dois, e como Peter era bem popular, não faltaram comentários nem especulações.
_ Você viu com quem Peter estava ontem?
_ Eu não acredito que eles estão juntos!
Diziam as meninas no pátio. Blenny odiava aqueles murmurinhos, mas tentava não se importar. Já Peter ficava cheio de indagações acerca dele mesmo.
_ Mas e aí? Vocês estão namorando mesmo? – perguntava a curiosa Catharina no intervalo.
Peter parecia em dúvida, com um rosto levemente preocupado.
_ Na verdade, eu não sei... não fiz um pedido formal, e quando eu toco no assunto, ela meio que... foge... não entendo.
_ Ah, vai ver ela ainda está meio sem graça com tudo isso. Ainda mais que a escola está toda comentando sobre vocês dois.
_ Catharina, desde quando Blenny se importa com que os outros falam? – indagou Peter com sinais de impaciência.
_ Eu não sei... só não vejo porque ela não iria querer namorar com você...
_ Vai ver ela só me vê como um amigo...
_ Tá brincando né? Você não a viu naquela festa em que você estava com a Gabriela? Ela estava morrendo de ciúmes.
_ Não sei não... - fez uma pausa e uma cara pensativa - E também não me acho merecedor.
_ Como não? Tantas meninas correndo atrás de você...
_ Catharina, um dia acho que você vai entender. Blenny não é como qualquer uma dessas meninas, sabe? Ela não se preocupa com futilidades e acima de tudo, ela é boa. Tem a alma mais bonita que já senti e não sei, de algum jeito ela é especial. Não sei, o jeito como ela anda, fala... ela é diferente. Completamente diferente. Acho que me apaixonei desde o primeiro minuto, mas tinha medo de confessar. Não sei. De algum modo, ela é sincera e transparente.
_ Peter, você é maluco! – respondeu Catharina com uma risada. Não entendia e tinha inveja da amiga.
_ Logo se vê que você nunca amou, Catharina. Mas um dia você vai me entender. Essa “coisa” é muita rara. Acontece poucas vezes na vida e devemos aproveitar quando ela surge. Essa “magia”...
_ Isso é coisa de filme!
_ Não, isso existe. As pessoas é que acabam se ligando à frivolidades e esquecem de aproveitar o Amor... o Amor, Catharina! Quando ele surgir, não jogue fora por uma besteira. Não o despreze porque se acha nova e quer “aproveitar a vida”. Aproveitar a vida não é sair com muitas pessoas ou ir a festas! É estar com que você gosta. Nunca esqueça disso. O Amor é...
E antes que terminasse a frase, Blenny surgiu entre as multidões com uma série de cadernos e de um jeito bem atrapalhado.
_ ...e Julieta é o sol! – exclamou Peter para a menina que derrubava as folhas, beijando-lhe uma das mãos.
_ Como sempre engraçadinho! – disse Blenny"


(Capítulo XI "O Refúgio das Borboletas", que é a minha alma)

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Alea Jacta est!

Problemas...
Não adianta esconder ou fingir que não estão ali; também não adianta só reclamar...
Eu? eu ignorava e guardava só para mim. E estava funcionando, apesar dos meus estouros e choros e etc.
Mas chegou uma hora em que o Problema bateu na porta "TOC TOC" e disse "ei, estou aqui". E então, tudo se dissipou.
O bom de achar que está perdido é que as vezes aparece uma coisa - tcharam! - e a sensação de que tudo pode dar certo no final.
No final...
E quando esse final nunca chega?

Descobri que alguns dos meus problemas eu mesma havia causado. Reclamava da ausência dos amigos, mas eu mesma era ausente. Reclamava de não fazer amigos, mas eu mesma não era social. Sorte que esses dois eu pude consertar e ajeitar o que sobrou da minha vida, enquanto espero colher o que eu plantei. Porque descobri hoje que eu não errei apenas, também fiz coisas boas. Conciliei Francês, academia e cursinho e não importa o resultado, tive orgulho de mim mesma.
Porque agora eu estou torcendo por mim.

Alea jacta est.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Los Hermanos e as fases da minha vida.

Usando uma linguagem de semelhança de triângulos(hahaha), Los Hermanos está para mim assim como Beatles está para seus fans.

Entre tantas bandas que eu gostei - até mais do que Los Hermanos - essa foi a que mais me marcou por um motivo bem especial: foi um divisor de águas na minha vida.

Tudo começou em 2006, o nostálgico 2006, o maravilhoso 2006, o mais perfeito 2006: eu comecei a gostar de Los Hermanos nesse fabuloso ano e de repente tudo começou a acontecer.
Funcionava assim: eu pedia mentalmente e a coisa se realizava! E o melhor é que não foi um ano bom só pra mim, mas foi bom para minhas amigas, pro meu irmão, pra economia, pra política... e etc!

Foi nesse ano que eu fiquei amiga da Paula, e conheci o Vini, e comecei a ir aos shows do Móveis e vivia no Pontão sem ter nada para fazer. Foi o ano que eu mais fui sociável, sai mais, tive mais amigos, não fui mal no colégio e consegui fazer tudo o que eu queria. Foi o ano do meu primeiro namorado sério, da festa mais legal que eu já fui na vida e dos melhores amigos que eu podia ter. E isso tudo embalado pelos sucessos de Los Hermanos e Móveis Coloniais de Acaju.

O fim do ano terminou com um "Móveis Convida"... com... Los Hermanos! Melhor show da minha vida. E já pairava aquele ar de saudade.

Quando em 2007 tudo terminou,
inclusive Los Hermanos!
Meu 1o namorado tinha ido embora, meus amigos foram um a um embora e os show do Móveis passaram a ser mais caros e menos frequentes.

Em suma tudo se dissolveu e minha trilha sonora passou a ser o "Bloco do Eu Sozinho", que aliás é meu cd favorito.

Eu vi num seriado certa vez - tá, eu admito, foi no One Tree Hill - que "a música sempre acaba", e a chatinha da personagem principal respondia(acho que foi a única coisa decente que ela disse o seriado inteiro!) "isso impede que eu queira que ela continue?"
Pois é assim, com as fases, umas ruins, outras boas, umas que deixam saudades...
Sorte nossa que surgem novas bandas, novas músicas e novos vícios.

Ah, eu adoro Radiohead.

Vou terminar com uma frase que eu vi uma vez na novela e parece-me que é uma citação de algum autor inglês:
"Há certa fase na vida que os anos passam a demorar muito e os dias parecem intermináveis"